Política

Doria diz que vai trabalhar para desburocratizar Estado e acelerar privatizações

Para reduzir a burocracia, Doria anunciou ainda que todos os procedimentos no Estado serão eletrônicos, economizando o uso de papel, e que o modelo de sua gestão será o do Poupatempo

Redação Folha Vitória
Uma das bandeiras do tucano na Prefeitura de São Paulo, a "desestatização" deve acompanhar Doria no governo estadual ( Foto/reprodução)

O ex-prefeito de São Paulo João Doria, candidato do PSDB ao governo do Estado, afirmou em entrevista à Rádio Eldorado na manhã desta sexta-feira, 3, que, caso eleito, trabalhará para ampliar os programas de privatizações e concessões em São Paulo, defendeu a desburocratização do Estado e disse que usará a força da lei para tratar movimentos como o MTST, a quem qualificou de "invasores".

Uma das bandeiras do tucano na Prefeitura de São Paulo, a "desestatização" deve acompanhar Doria no governo estadual. "Não há outro caminho para a prosperidade que não seja o liberalismo e o Estado menor", disse, citando que dará continuidade à política de privatizações e concessões do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo ele, os setores prioritários serão transporte público e mobilidade, com a concessão de estradas, hidrovias e aeroportos regionais.

Para reduzir a burocracia, Doria anunciou ainda que todos os procedimentos no Estado serão eletrônicos, economizando o uso de papel, e que o modelo de sua gestão será o do Poupatempo. Em relação à habitação popular, afirmou que é preciso investir em habitação com parcerias público-privadas e disse que o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto será tratado como invasor. "Não são movimentos. São invasores e vão ser tratados como tal, à força da lei. Não há negociação com invasores", disse.

Especificamente sobre a disputa eleitoral, Doria criticou a declaração do atual governador Márcio França, quando disse à Eldorado que "ninguém acreditava que Alckmin votaria em Doria". "Recomendo ao Márcio França que troque de vidente", ironizou, dizendo ter certeza de que Alckmin o apoiará.

Indagado sobre se ficaria no governo do Estado até o fim do mandato, o ex-prefeito desconversou e não refez as promessas de quando comandava a capital paulista, que abandonou após 1 ano e quatro meses. "Eleito governador, vamos governar", limitou-se a dizer.

Questionado sobre o elevado número de eleitores dispostos a anular o voto, não ir às urnas ou votar em branco, Doria afirmou que esse é um "gesto ruim". "Quem valoriza a mudança deve votar. Estar ausente é estimular os bandidos, os que não querem ajudar o Brasil a ser um País melhor".

A entrevista com João Doria fez parte de uma série de conversas com os candidatos ao governo de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto. Além de Doria, a Rádio Eldorado ouviu Márcio França (PSB), Luiz Marinho, a professora Lisete Arelaro, do PSOL e Paulo Skaf (MDB).