Meirelles prega pacto por resgate da confiança que o País perdeu sobre si mesmo
Ao oficializar o seu nome como postulante ao Palácio do Planalto, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles anunciou um pacto para resgatar a confiança que, de acordo com ele, o País perdeu sobre si mesmo. "O Brasil não precisa de um messias que se veste de salvador da pátria", afirmou. Meirelles disse querer que o Brasil volte a crescer 4% ao ano e que pode fazer um bom trabalho porque sabe "onde os outros erraram".
Dentre as medidas anunciadas, Meirelles afirmou que criará o cartão da família com recursos em crédito, e o programa Brasil Integrado para a infraestrutura do País. "Vamos encurtar as distâncias. Temos obrigação de levar dignidade e respeito a todos que dependem do SUS, fortalecendo-o para além do tratamento", disse.
Meirelles também anunciou a criação do programa Pró-Criança, que colocará as crianças que já são atendidas pelo Bolsa Família em creches e escolas particulares, o que, para ele, é fundamental "para diminuir o fosso que separa pobres e ricos".
O ex-ministro também pretende criar o Brasil Seguro e Forte, que seria uma cooperação intensiva de inteligência entre as polícias. "Minha candidatura tem como missão resgatar a confiança do País..., mas para colocar o pacto de pé, precisamos vencer essas eleições e vamos vencer com a verdade", afirmou animadamente a uma plateia formada apenas por correligionários.
O MDB não conseguiu formar alianças com outros partidos e deverá concorrer em uma chapa puro-sangue. O nome do possível vice, no entanto, só deverá ser anunciado na semana que vem. O partido cogita para a vaga a senadora Marta Suplicy.
No início de seu discurso, Meirelles afirmou que tem um "histórico de superação" porque sempre "suou a camisa" para conquistar o que tem. "Entrei na política para retribuir o que o País me deu", disse. "É impossível fazer o Brasil dos nossos sonhos? Peço a oportunidade para mostrar que é possível", disse.
O economista também alfinetou seus adversários ao dizer que "tem candidato vendendo solução para tudo". "Mas me pergunto: onde estavam quando o País mais precisou? Eu nunca fugi dos desafios", disse.
Sem citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele afirmou também que o País não precisa de "candidatos eternos" porque isso traz desconfiança. Em seguida, ele relembrou sua trajetória como ministro da Fazenda e presidente do Banco Central em governos anteriores.