Política

Pré-candidato ao governo do DF, Alberto Fraga (DEM) fecha aliança com PSDB

Redação Folha Vitória

Escolhido como pré-candidato ao governo do Distrito Federal pelo DEM, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) disse nesta quinta-feira, 2, que, apesar da aliança com o PSDB, de Geraldo Alckmin, irá votar em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República nas eleições de outubro. Apesar disso, afirmou que, "a princípio", seguirá as orientações partidárias e somente abrirá espaço no seu palanque para o tucano.

"Conversei com Alckmin (sobre o apoio do PSDB). Falei com ele e agradeci. Foi uma surpresa para todo mundo, eu estava com a candidatura resolvida para o Senado e aí me puxaram para a cabeça de chapa. E aí veio a notícia de que iam retirar da minha coligação o PSDB porque sou Bolsonaro. Não posso perder o PSDB", afirmou demonstrando contrariedade. Questionado se tentaria encaixar tanto Alckmin com Bolsonaro em seu palanque, ele respondeu; "A princípio, vou seguir orientação partidária, mas eu vou votar no Bolsonaro", disse.

A aliança entre DEM e PSDB para a disputa do governo do Distrito Federal deve ser selada neste sábado, 4, quando está marcado para acontecer a convenção do Democratas do Distrito Federal. Além dos tucanos, Fraga terá o apoio do PR, de Valdemar Costa Neto e Jofran Frejat (PR-DF).

Fraga disse ter conversado com o próprio Bolsonaro sobre a situação delicada. "Eu não posso perder o PSDB aqui (no Distrito Federal). Ele (Bolsonaro) entende minha situação. Todo mundo sabe quais são as minhas bandeiras e quais são as bandeiras do Bolsonaro. Então há uma identidade natural. Agora, não é por isso que eu ia abrir mão de um partido (PSDB) importante para nós", afirmou.

Como parte do acordo entre DEM e o PSDB, o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF) deve ser lançado como candidato ao Senado pela chapa encabeçada por Fraga. Izalci resistia em abrir mão da candidatura ao governo, mas foi obrigado a recuar depois de acordo entre Alckmin e o ex-governador José Roberto Arruda, ligado ao PR. Arruda teve o mandato cassado após ser envolvido na Operação Caixa de Pandora. Arruda e Alckmin se encontraram na sede do PSDB em Brasília, na semana passada.