Lewandowski vota para que só cautelar de afastamento siga para Legislativo Lewandowski vota para que só cautelar de afastamento siga para Legislativo Lewandowski vota para que só cautelar de afastamento siga para Legislativo Lewandowski vota para que só cautelar de afastamento siga para Legislativo

Brasília – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi na linha do ministro Dias Toffoli e votou nesta quarta-feira, 11, para que medidas cautelares da Corte que impliquem o afastamento de deputados e senadores tenham de ser remetidas em até 24 horas para análise do Congresso Nacional.

Até agora, quatro dos 11 ministros da Corte votaram para que afastamentos de parlamentares, como o do senador Aécio Neves (PSDB-MG), não tenham de ser submetidos ao Legislativo. Outros três ministros se posicionaram para que essas decisões do Supremo sejam remetidas em até 24 horas à Câmara e ao Senado.

Votaram pela não submissão dos afastamentos ao Congresso Nacional os ministros Edson Fachin, relator da ação no STF, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Em contrapartida, votaram para enviar as decisões cautelares para Câmara e Senado Lewandowski, Toffoli e Alexandre de Moraes.

“A aplicabilidade de medidas cautelares diversas da prisão, que implica afastamento da atividade parlamentar, deve ser seguida à Casa Legislativa”, afirmou Lewandowski em seu voto. Para o ministro, contudo, as medidas cautelares que não impliquem o afastamento do parlamentar do mandato não precisam ser submetidas ao parlamento.

Em seu voto, Lewandowski ainda chamou de “inusitado” o fato de a Advocacia-Geral da União (AGU) e do Senado terem mudado de posição em relação a dar ao Congresso a palavra final sobre afastamento de parlamentares determinado pelo Supremo. “Quer manifestar minha estranheza. Isso é inusitado”, disse.