Sem cláusula de barreira, PSL seria o maior partido da Câmara, com 59 deputados
O PSL, partido do candidato ao Planalto Jair Bolsonaro, teria conseguido ser o maior da Câmara se não fosse a cláusula de barreira, aponta levantamento feito pela Casa. Segundo os dados, sete candidatos a deputado federal da sigla foram impedidos de entrar por causa da nova legislação.
A nova lei da minirreforma eleitoral, criada em 2015 (Lei 13.165/15), diz que um candidato a deputado federal, estadual ou distrital precisa ter um número de votos igual ou maior que 10% do quociente eleitoral (divisão do total de votos válidos pelo número de vagas) para ser considerado eleito ao Legislativo.
Se não fosse esta nova regra, o partido de Bolsonaro, que foi o que mais ganhou deputados nesta eleição, passaria a contar com 59 parlamentares. O PSL, que tinha oito deputados, agora tem 52, atrás apenas do PT, com 56.
Deixaram de ser eleitos Dr Vinicius Rodrigues (PSL/SP, com 25 mil votos), Coronel Castro (PSL/SP, 24 mil votos), Comandante Castanho (PSL/SP, 24 mil votos), Marcelo Cecchettini (PSL/SP, 23 mil votos), Valmir Beber (PSL/SP, 22 mil votos), Luiz Carlos Valle (PSL/SP, 20 mil votos) e Marcus Dantas (PSL/SP, 19 mil votos). Além disso, Maurício Marcon (NOVO/RS, com 11 mil votos) também não foi eleito.
Eles deram lugar a Marcelo Moraes (PTB/RS, com 69 mil votos), Eli Corrêa Filho (DEM/SP, com 92 mil votos), Geninho Zuliani (DEM/SP, com 89 mil votos), Professor Luiz Flavio Gomes (PSB/SP, com 86 mil), Paulinho da Força (SD/SP, com 75 mil), Luiz Carlos Motta (PR/SP, com 75 mil), Orlando Silva (PCdoB/SP, com 64 mil) e Roberto de Lucena (PODE/SP, com 56 mil).