Foto: Reprodução

O ex-candidato a deputado federal pelo Espírito Santo no pleito deste ano, Dárcio Bracarense (PL) estava acompanhando Carla Zambelli (PL), deputada federal reeleita, quando ela se envolveu em uma confusão em São Paulo, nesse sábado (29), cujos vídeos da parlamentar empunhando uma arma e correndo atrás de um homem, identificado como Luan Araújo, pelas ruas da cidade ganharam as redes sociais.

Em um trecho do vídeo a deputada chega até mesmo a atravessar a rua e entrar em um bar atrás do homem com qual teria discutido minutos antes. 

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A parlamentar segue para o local com a arma apontada na direção dos dois rapazes que aparecem trocando xingamentos com a deputado e o pequeno grupo de pessoas que acompanhava, entre eles Dárcio, que gravou parte dos vídeos discussão.

Durante conversa com a reportagem do Folha Vitória na tarde deste domingo, Dárcio contou detalhes do que, segundo ele, realmente aconteceu para além das imagens divulgadas nas redes sociais e na imprensa.

Ex-assessor de Zambelli até antes de se desincompatibilizar do cargo para concorrer a uma vaga na Câmara de Deputados pelo Estado, Dárcio afirmou que estava em um restaurante quando, ainda de acordo com ele, deputado começou a ser provocada por pessoas que participavam de um ato de membros da esquerda, próximo ao local em que a parlamentar almoçava.

"Primeiro, duas mulheres passaram e viram a Carla na varanda do restaurante. Elas estavam participando de um ato ali perto; em seguida, chegaram uns cinco caras na porta do restaurante. Lá dentro, eu e ela estávamos conversando sobre o fato de a deputada ter passado a noite anterior sendo ameaçada de morte. Ela já estava em estado de alerta", disse

Já sobre o encontro direto entre a parlamentar e o homem do qual ela corre atrás com arma empunhada, Dárcio disse que aproximação aconteceu quando Carla saía do local, momento em que o homem teria supostamente direcionado xingamentos a ela. 

"A primeira palavra que ele disse foi um xingamento. Depois, ela reclamou que ele estava cuspindo nela enquanto falava, e ele começou a dizer que ela era racista, mas a deputada disse que não era. Então, eu puxei o celular e comecei a gravar, e aí que acontece o resto das cenas, mas eles já tinham empurrado e dado cotoveladas nela", contou.

O ex-assessor parlamentar ainda sustentou que o homem, após entrar no bar durante a perseguição promovida pela deputada, saiu do local antes da chegada da polícia. "O cara que estava com ela, policial, deu ordem de prisão; já o homem que provocou a confusão saiu do local. Está nítido que foi uma cena montada", afirmou.

Prisão de segurança

Um segurança da deputada, que não teve a identidade oficialmente revelada, foi preso em flagrante por disparo de arma de fogo pela Polícia Civil de São Paulo, na madrugada deste domingo. 

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O segurança é um dos envolvidos na confusão entre a parlamentar e o jornalista Luan Araújo durante uma discussão, no bairro de Jardins, em São Paulo. A deputada apontou uma arma de fogo contra ele.

Legítima defesa

A deputada federal afirma ter agido em legítima defesa após ter sido agredida por "um homem negro" e "militante de Lula". Vídeos, que viralizaram na internet, mostram a parlamentar, um segurança e seus assessores correndo atrás de Luan Araújo após uma discussão política entre os dois. Veja o vídeo abaixo:

No momento da confusão, é possível ver o homem xingando a parlamentar. Ela tenta correr, cai sozinha e depois segue Luan Araújo. O homem grita por socorro enquanto corre, um barulho de tiro é ouvido e alguém pede que a polícia seja chamada. Ao entrar em um bar onde Luan Araújo tentou se refugiar, Carla Zambelli manda que o jornalista deite de no chão. Ele diz que ela quer matá-lo e senta em uma cadeira.

Boletim de Ocorrência

Após o incidente, Luan Araújo registrou queixa em uma delegacia em São Paulo contra a parlamentar por ameaça e racismo. Depois de prestar depoimento, o homem pediu proteção e disse que está assustado.

Zambelli também registrou boletim de ocorrência. A deputada publicou em suas redes sociais um vídeo em que descreve o ocorrido. Na versão dela, um grupo de homens tentou intimidá-la, e ela foi empurrada para o chão. 

Ela diz ter apontado o revólver na intenção de deter o sujeito até a chegada de policiais militares. “E aí, quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para poder esperar a polícia chegar. A polícia já está aqui. Aí ele se evadiu, daí eu saquei a arma e saí correndo atrás dele. Pedindo para ele parar, ele ficou com medo e parou dentro de um bar”, disse.

 *Com informações da Agência Brasil e do Estadão