Política

"O impeachment precisa andar rápido", diz presidente da Findes

Para o presidente da Findes, da forma em que o país está sendo governado, aumento dos juros, desvalorização do real e aumento do desemprego, o ano que vem tende a ser ainda pior

Presidente da Findes analisa resultado de pesquisa CNI-Ibope Foto: Divulgação

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, fez uma análise do resultado da pesquisa CNI-Ibope que mostrou uma queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o levantamento, 81% dos brasileiros dizem que o segundo mandato está sendo pior que o primeiro.

Para o presidente da Findes, da forma em que o país está sendo governado, com a economia em queda, aumento dos juros, desvalorização do real e aumento do desemprego, o ano que vem tende a ser ainda pior.

“Em 2015, sentimos que houve muita demissão. E as pessoas utilizaram o seguro-desemprego para realizar compras. Ocorre que em 2016, a previsão é de emprego em queda. É uma cesta de fatores que empurram a economia para baixo. A produção industrial está em queda. Esse é um governo que não consegue respeito no Congresso Nacional”, avaliou Marcos Guerra.

Quanto ao movimento em torno de um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Findes afirmou que esse processo deve ser rápido.

O impeachment tem que andar rápido. O país precisa caminhar. Precisamos tocar nossa vida. Não se consegue planejar a vida em médio prazo com o quadro que está aí. Produtos que, geralmente, aumentam a cada seis meses apresentam uma ciranda de aumentos”, disse ele.

Uma saída para esse panorama nebuloso de 2016, na visão do presidente da Findes, é repensar um plano de reindustrialização.

“Não podemos permitir aumento de impostos. O governo terá que cortar na carne. Não aguentamos mais pagar imposto. O país terá de dar uma repensada, principalmente em um plano de reindustrialização. Temos que pensar em um projeto de reindustrialização para resgatar a indústria nacional que vem perdendo desde a década de 80. De 2003 para cá a indústria de transformação, por exemplo, representava 19,2% do PIB. Acredito que em 2016, esse índice será abaixo de 10% do PIB”, previu Marcos Guerra.

Para ele, os números de rejeição da presidente, nada mais é reflexo de uma política econômica equivocada.

“Acredito que vai piorar o índice de popularidade da presidente Dilma. Também não acredito que ela se sustente no governo. É um conjunto de erros que acontece desde o segundo mandato do ex-presidente Lula”, assinalou o presidente da Findes.

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