Política

Nova CPMF não tem aceitação no Congresso, avalia senadora Rose de Freitas

Questionada se a missão do ministro estaria concluída após o trâmite das medidas de ajuste e a aprovação do Orçamento de 2016, ela disse não saber nada a respeito da saída de ministro

Nova CPMF não tem aceitação no Congresso, avalia senadora Rose de Freitas Nova CPMF não tem aceitação no Congresso, avalia senadora Rose de Freitas Nova CPMF não tem aceitação no Congresso, avalia senadora Rose de Freitas Nova CPMF não tem aceitação no Congresso, avalia senadora Rose de Freitas
Senadora capixaba afirma que aceitação no Congresso é zero Foto: Moisés de Oliveira

Brasília – A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento, avaliou nesta quarta-feira, 7, que não há aceitação no Congresso para a nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeiras (CPMF). Mesmo com a reforma ministerial, com a abertura de mais vagas na Esplanada dos Ministérios para o PMDB, ela ponderou ser difícil passar a proposta.

“Na verdade, daqui a pouco vão começar a pedir plano B. Se ninguém aceitar, vai ter de fazer outra coisa. Não sei se a reforma mudou algo”, disse depois de sair de uma reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na qual debateu o ajuste fiscal e as condições atuais das contas públicas.

De acordo com a senadora, a proposta de uma nova CPMF não foi debatida na reunião com Levy devido à resistência a essa medida no Congresso. “Não discutimos (a CPMF) porque não queríamos falar em hipótese”, disse.

Ela afirmou ainda que pediu ao ministro e sua equipe que “passe a limpo” as posições tomadas até agora para que se possa fazer um debate mais amplo sobre receitas para o próximo ano. Para 2015, ela informou ter perguntado “se tem algo que não vai cumprir”.

“Pedi para ele me dizer só o que fosse concreto. Ele falou um monte de ‘acho’, mas não vou levar em consideração”, disse sem revelar quais eram as considerações do ministro.

Questionada se a missão do ministro estaria concluída após o trâmite das medidas de ajuste e a aprovação do Orçamento de 2016, ela disse não saber de nada a respeito da possibilidade de saída do ministro.

Vetos

Rose de Freitas ponderou que o adiamento da apreciação dos vetos da presidente Dilma Rousseff hoje mostra que a reforma ministerial e administrativa não surtiu o efeito esperado. “Não sei se nessa reengenharia se os atores são pessoas que iriam se esforçar e se desdobrar para fazer acontecer. Não sei se o ministro tal conseguiria os votos necessários haja visto que hoje não teve quórum novamente”, argumentou.

A reunião com Levy foi acompanhada por Marcelo Saintive, secretário do Tesouro Nacional; Jorge Rachid, secretário da Receita Federal; e por Tarcísio Godoy, secretário-executivo da pasta. O encontro com a senadora não constava na agenda do ministro.