Política

Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer

Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer Oposição no Senado já admite eleição indireta para eventual sucessão de Temer

Brasília, 25 – A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) já admite a possibilidade de eleição indireta para a eventual saída do presidente Michel Temer. Segundo ela, o partido vai lutar até a última hora por eleições diretas, mas já tem “convicção” de como agir caso o sucessor de Temer seja escolhido pelo Congresso Nacional. Embora ainda não tenha nenhum nome definido, Vanessa garante que o candidato apoiado pelo PCdoB teria que se comprometer ao “não avanço das reformas” previdenciária e trabalhista.

“No decorrer da discussão das eleições diretas sempre surge o assunto da indiretas. Não dá para ignorar isso e fingir que nada está acontecendo”, declarou a parlamentar. Ela disse que a realização de eleições diretas dependeria da mobilização popular. “Conhecemos a opinião (sobre eleições diretas), mas temos que saber qual é o nível de mobilização”, ponderou. Vanessa vai participar de um ato por “diretas já” no próximo domingo, 28, no Rio de Janeiro.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) considera que uma eleição indireta para a presidência iria rachar a oposição, mas é o caminho mais provável. Para ele, não haveria tempo hábil para aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de eleições diretas na Câmara e Senado este ano. As PEC’s precisariam passar por dois turnos de votação nas duas Casas.

“Vamos avaliar (possíveis candidatos). Em caso de eleição indireta, a oposição se dividirá. A nossa percepção não deverá ser a mesma do PT, por exemplo”, declarou Randolfe. Ele apoia a ideia do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) de que nenhum integrante do Congresso deveria se candidatar à eleição indireta, já que os próprios parlamentares seriam responsáveis por eleger o presidente “tampão”.

Como possíveis nomes para uma eventual eleição indireta, Randolfe citou juristas como os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto e Joaquim Barbosa. “Não querendo ser apolítico, mas o ideal seria alguém com perfil técnico que construísse um consenso nacional até 2018”, defendeu o senador. (Julia Lindner – [email protected])