Política

Oposição pede para PGR investigar Temer por emendas

Para a oposição, a liberação das emendas teria como objetivo beneficiar o presidente em troca de apoio para barrar a denúncia da PGR na CCJ

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Brasília – O presidente Michel Temer anuncia novos recursos para ampliar o atendimento à população.(Antonio Cruz/Agência Brasil)
Brasília – O presidente Michel Temer anuncia novos recursos para ampliar o atendimento à população.(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Rede e PSOL protocolaram na última segunda-feira (17), duas representações na Procuradoria-Geral da República pedindo que o presidente Michel Temer seja investigado pela liberação de emendas parlamentares às vésperas da votação da denúncia contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.[

O senador Randolfe Rodrigues (AP) e os deputados Alessandro Molon (RJ) e Aliel Machado (PR), responsáveis pelo pedido da Rede, dizem que Temer aumentou em “quantidade desproporcional” a liberação de emendas em troca de apoio para barrar a denúncia na CCJ. Para eles, o presidente usa dinheiro público para comprar votos e obstruir a Justiça.

“Isso mostra que, de fato, Temer está tentando usar a máquina pública e o dinheiro público para obstruir a Justiça, contrariando o interesse da população, ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal e deixando de prestar serviços essenciais para a população”, afirmou Molon em entrevista após entregar a representação.

‘Balcão de negócios’

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a liberação de emendas se transformou em “balcão de negócios”. “Caracterizam evidente compra de votos, com consequências de obstrução da Justiça, no caso. É nosso dever submeter à consideração do fiscal da lei”, afirmou o deputado.

Repasses

De acordo com o levantamento do jornal O Estado de S. Paulo publicado no domingo, dos 40 deputados que votaram pela rejeição do parecer que recomendava a abertura de investigação contra Temer na comissão, 39 tiveram R$ 266 milhões em emendas parlamentares empenhadas. O montante corresponde ao período entre junho e as duas primeiras semanas de julho, às vésperas da votação na CCJ da Câmara.

Outro levantamento do Estado/Broadcast mostra que apenas nos 13 primeiros dias deste mês foram empenhados R$ 2 bilhões em emendas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.