Política

Palácio do Planalto aponta ação 'orquestrada' por setores da PF

Logo após a Operação Manus ser deflagrada em Natal, interlocutores de Temer reconheceram que a prisão de um aliado próximo do presidente gera efeitos negativos

Palácio do Planalto aponta ação ‘orquestrada’ por setores da PF Palácio do Planalto aponta ação ‘orquestrada’ por setores da PF Palácio do Planalto aponta ação ‘orquestrada’ por setores da PF Palácio do Planalto aponta ação ‘orquestrada’ por setores da PF
A prisão foi recebida no Planalto como “parte do roteiro” Foto: Divulgação

A prisão do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foi recebida no Palácio do Planalto como “parte do roteiro” de uma ação judicial orquestrada por setores da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal contra o governo federal.

Segundo auxiliares do presidente Michel Temer, a prisão de um ex-integrante do governo (Alves foi ministro do peemedebista e de Dilma Rousseff) é mais um fator de desgaste.

Interlocutores de Temer, logo após a Operação Manus ser deflagrada em Natal, reconheceram que a prisão de um aliado próximo do presidente gera efeitos negativos por ter ocorrido no mesmo dia da retomada do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com um auxiliar de Temer, mesmo que a operação não tenha como objetivo atingir e ampliar esse desgaste “é o que fica parecendo”.

A Operação Manus também decretou a prisão do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), outro ex-aliado do presidente Temer, que já está preso em Curitiba, por ordem do juiz federal Sérgio Moro. Alves, que também já foi presidente da Câmara dos Deputados, deixou a gestão Temer ao ser envolvido na Operação Lava Jato e na ocasião disse que saía da Esplanada para “não causar constrangimento” ao governo.

Excessos

Nesta terça-feira, 6, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao comentar a prisão de Alves, disse que há no Brasil excesso de prisões preventivas.

“(A prisão é) triste. Acho que o Brasil tem vivido um momento difícil. Acho que tem tido excesso de prisões preventivas”, afirmou o presidente da Câmara. (Colaborou Igor Gadelha)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.