Política

Para acelerar impeachment, senadores do PMDB não devem fazer perguntas para Dilma

Para acelerar impeachment, senadores do PMDB não devem fazer perguntas para Dilma Para acelerar impeachment, senadores do PMDB não devem fazer perguntas para Dilma Para acelerar impeachment, senadores do PMDB não devem fazer perguntas para Dilma Para acelerar impeachment, senadores do PMDB não devem fazer perguntas para Dilma

Brasília – O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que vai orientar a bancada a não fazer perguntas para a presidente afastada Dilma Rousseff na próxima segunda-feira, 29.

A estratégia faz parte do plano dos aliados do presidente em exercício, Michel Temer, para acelerar o desfecho do julgamento do impeachment. O PMDB tem hoje a maior bancada do Senado, com 19 senadores.

O líder peemedebista disse que está conversando com os correligionários e que vai respeitar aqueles que não abrirem mão de se manifestar. Nomes do partido que apoiam a presidente afastada, como a senadora Kátia Abreu (TO) e Roberto Requião (PR), por exemplo, devem usar o tempo a que tem direito para defender Dilma na ocasião.

A vinda de Dilma ao plenário do Senado para fazer a sua defesa está prevista para segunda-feira, 29. Ela terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial e depois poderá ser interrogada pelos 81 senadores. Cada um terá cinco minutos para fazer perguntas, mas não há limite de tempo para resposta da presidente afastada.

Para acelerar o processo, o PMDB também vai evitar fazer perguntas para as testemunhas que vão depor durante o julgamento. Nesta quinta, apenas o senador Waldemir Moka (MS) está inscrito para inquirir o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Elogios

Ao afirmar que não pretende questionar Dilma na próxima segunda-feira, Eunício fez elogios à petista. “Eu tenho respeito por ela. Não há por que hostilizá-la”, disse.

Para o peemedebista, não há dúvida de que Dilma é “uma mulher honesta”. Ele disse acreditar que o processo de impeachment avançou não apenas porque ela cometeu erros técnicos, mas porque perdeu sustentação política. Eunício destacou que esse foi o motivo que fez com que outros três presidentes não conseguissem terminar os seus mandatos: Getúlio Vargas, João Goulart e Fernando Collor.