Política

Para advogado de Temer, Janot usou métodos 'sórdidos' para apresentar denúncia

Para advogado de Temer, Janot usou métodos ‘sórdidos’ para apresentar denúncia Para advogado de Temer, Janot usou métodos ‘sórdidos’ para apresentar denúncia Para advogado de Temer, Janot usou métodos ‘sórdidos’ para apresentar denúncia Para advogado de Temer, Janot usou métodos ‘sórdidos’ para apresentar denúncia

Brasília – Em discurso nesta quarta-feira, 25, no plenário da Câmara, o advogado de defesa do presidente Michel Temer, Eduardo Carnelós, desqualificou a denúncia contra o peemedebista e atacou o ex-procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, responsável por apresentar a peça acusatória. Para Carnelós, Janot usou métodos “sórdidos” para apresentar uma denúncia sem provas e sem investigação prévia.

“A denúncia veio vazada em termos confusos. Ela nem mesmo se faz inteligível em algumas partes do texto. Ela atenta contra a língua portuguesa, atenta contra o bom senso”, disse o advogado, da tribuna do plenário. Para ele, Janot usou “flechas construídas a partir de bambus enlameados” para atacar “vilmente” e depor Temer por meio da segunda denúncia, por organização criminosa e obstrução de justiça.

Carnelós também rebateu argumento de que a denúncia é um passo prévio para investigação. “Não é verdade. A investigação deveria ter sido realizada antes da denúncia”, disse. Segundo ele, Janot “preferiu não investigar”, mas, sim, construir uma denúncia a partir de “relatos mentirosos”, daqueles que queriam ser premiados, em uma referência aos irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, cuja delação embasa a denúncia.

O advogado afirmou que, no direto penal, para que uma denúncia seja apresentada, o Ministério Público deve ter elementos fortes para afirmar que os acusados cometeram os crimes. “Não se trata, portanto, de pedir autorização para investigar alguém. Não pode ser instaurada a partir do nada”, disse. “Simples delações são iguais a nada para recebimento de denúncia”, defendeu.

Carnelós afirmou que a segunda denúncia contra Temer representa uma fase “muito triste” da história do Brasil, porque “manchou” a imagem da instituição Ministério Público Federal. “Vossas excelências terão oportunidade ímpar de dizer que não compactuam com os métodos sórdidos que se valeu o ex-procurador-Geral da República para formular e construir essa acusação”, declarou.