Política

Para Feldman, PT quer manter manter pobreza no Nordeste

O coordenador de campanha da candidata à Presidência Marina Silva, do PSB, avaliou que falta parceria e interesse do governo em ações concretas para desenvolver a região

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São Paulo – O coordenador de campanha da candidata à Presidência Marina Silva (PSB), Walter Feldman, voltou a bater na forma de fazer política do PT no Nordeste. Em teleconferência com analistas e investidores, Feldman disse nesta sexta-feira, 3, que o PT fez com a região algo semelhante ao que José Sarney (PMDB) fez com o Maranhão. “Hoje, interessa ao PT conservar a pobreza no Nordeste”, disse Feldman e argumentou que uma evidência disso é o atraso de obras como a transposição do Rio São Francisco.

O coordenador avaliou que falta parceria e interesse do governo em ações concretas para desenvolver a região. Há algumas semanas, Feldman já havia feito críticas semelhantes à gestão petista, ao afirmar que a presidente Dilma Rousseff usa táticas de medo e mantém seu eleitorado na base da “dependência”, com uso do controle social por meio do Bolsa Família.”Hoje, o PT é o governo do atraso”, disse Feldman na teleconferência.

O coordenador reforçou as propostas econômicas de Marina, de retomar a credibilidade da política fiscal, com respeito às metas de inflação e câmbio efetivamente flutuante. “A economia hoje no Brasil vive um verdadeiro descalabro, a ponto de termos um ministro interino”, afirmou Feldman sobre o anúncio de Dilma de que Guido Mantega não continuará como ministro da Fazenda em seu eventual segundo mandato. Ele chamou a condução da economia pelo governo atual de instável, insegura e perigosa.

Feldman disse ainda que o Brasil corre um “risco democrático”, por causa de medidas do PT como o “questionamento à liberdade de imprensa” – a presidente Dilma defende uma regulação econômica dos meios de comunicação, em uma proposta polêmica e alvo de críticas sobre possível cerceamento à atividade jornalística.

Na sequência, o pessebista aproveitou para emendar críticas às denúncias de corrupção no governo Dilma, em especial envolvendo a Petrobras. Ele repetiu a frase do presidente do PSB, Roberto Amaral, de que um governo Marina não “vai acabar nem em delação premiada nem na Papuda” – referência ao presídio para onde foram levados condenados do mensalão.

O deputado voltou a criticar a estratégia do PT nos programas eleitorais, acusando de usar técnicas nazistas de medo e de infantilizar a política. Para ele, a peça que tratou da autonomia do Banco Central com imagens de comida sumindo da mesa de uma família é algo semelhante ao recurso de falar de bicho papão para uma criança. “É lastimável que o PT tenha chegado nessas condições.”

Feldman explicou que, com dois minutos de televisão contra 12 de Dilma, Marina não pôde rebater e apresentar propostas mais detalhadas para o público geral até aqui. De acordo com o coordenador, a campanha pretende na disputa de segundo turno trazer sim propostas econômicas para o programa de TV, apesar de serem temas mais áridos. “Vamos explicar as questões mais fundamentais da economia, para que a população saiba como isso pode interferir em suas vidas”, explicou.