Política

Para opositores, Cunha conduziu 'semestre de retrocessos'

Para opositores, Cunha conduziu ‘semestre de retrocessos’ Para opositores, Cunha conduziu ‘semestre de retrocessos’ Para opositores, Cunha conduziu ‘semestre de retrocessos’ Para opositores, Cunha conduziu ‘semestre de retrocessos’

Brasilía – Em resposta ao balanço do semestre apresentado na manhã desta quinta-feira, 16, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), opositores dele ligados a PT, PSOL e PSB apresentaram uma outra avaliação e disseram que o peemedebista conduziu um processo de “retrocesso” na Casa.

Ao passo que Cunha afirma ter votado 53,8% mais proposições que seu antecessor, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), atual ministro do Turismo, e comemora aprovação de temas como redução da maioridade penal e reforma política, parlamentares contrários a ele apontaram uma série de críticas.

Na lista de pontos negativos elencados pelos deputados, está o fechamento das galerias a manifestantes, a blindagem de depoentes que supostamente o comprometeriam na CPI da Petrobras, as manobras regimentais para atender a seus próprios interesses e a intenção de construir o “Parlashopping”, um anexo à Câmara que, além de gabinetes, teria praça de alimentação e lojas.

Servidores e cargos comissionados insatisfeitos com Cunha também participaram do ato dos opositores no Salão Verde. Eles protestaram contra a obrigatoriedade de ponto biométrico, o que engessa seus horários, que, na prática, seguem o ritmo dos trabalhos em plenário.

“Cada vez mais gente fica perplexa com o comportamento do presidente, com a maneira autoritária de conduzir a Casa”, disse Alessandro Molon (PT-RJ). “Quem se fortalece com isso (postura adotada por Cunha) não é a Câmara. É única e exclusivamente ele”, afirmou o petista.

“Tem gente aí com encontro marcado com a Lava Jato e o jato pode ser forte”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

Mais cedo, ao ser questionado sobre o protesto que seria feito por seus opositores, Cunha já havia qualificado a manifestação de “choro de perdedor”. “Será então que sou ditador e todo mundo concorda com minha ditadura? Isso é choro de perdedor”, afirmou o peemedebista.