Política

Para Skaf, governo não tem 'boa vontade' para negociar desonerações com indústria

Para Skaf, governo não tem ‘boa vontade’ para negociar desonerações com indústria Para Skaf, governo não tem ‘boa vontade’ para negociar desonerações com indústria Para Skaf, governo não tem ‘boa vontade’ para negociar desonerações com indústria Para Skaf, governo não tem ‘boa vontade’ para negociar desonerações com indústria

São Paulo – Brasília, 12/6/2015 – Enquanto o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tenta avançar nas negociações para aprovação do projeto de lei que revê o programa de desonerações, de relatoria do deputado Leonardo Picciani (PMDB/RJ), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, está trabalhando para que o PL não seja aprovado. Segundo Skaf, o governo não tem boa vontade em negociar com a indústria as condições do projeto.

Após mais uma semana de negociações, Picciani continua tentando fazer com que o governo aceite a liberação de alguns setores dentro do PL e com alíquotas escalonadas. Desta forma, a arrecadação com o projeto ainda este ano seria mínima, já que, após a sanção presidencial, a medida só pode entrar em vigor em 90 dias.

O presidente da Fiesp reafirmou que a contribuição da indústria na arrecadação com a alteração do PL é de R$ 5 bilhões e acha possível que a matéria não seja aprovada. “Se colocassem em votação essa semana não aprovaria. Então, acredito que existe a possibilidade de não aprovarem na próxima”, ressaltou.

Sobre a possibilidade de um escalonamento das alíquotas do PL, como também propõe o relator, Skaf é irredutível. “Eu não vou aceitar escalonar para aumentar imposto, só aceito escalonar para diminuir”, provocou.

Há pouco mais de duas semanas, o presidente da Fiesp se reuniu com o ministro Joaquim Levy e foi ao Congresso conversar com parlamentares para que a indústria não seja penalizada. Na ocasião, Skaf afirmou que o ministro não tinha mencionado a possibilidade de escalonar a elevação das alíquotas. A pedido do governo, a votação do projeto foi adiada para a próxima semana. A sessão, no Plenário da Câmara, deve ocorrer na terça-feira, 16.