Política

Para Tasso Jereissati, delação compromete legitimidade do governo em continuar

Para Tasso Jereissati, delação compromete legitimidade do governo em continuar Para Tasso Jereissati, delação compromete legitimidade do governo em continuar Para Tasso Jereissati, delação compromete legitimidade do governo em continuar Para Tasso Jereissati, delação compromete legitimidade do governo em continuar

Brasília – O senador e empresário Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou nesta quinta-feira, 03, que a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) contém acusações gravíssimas, absolutamente indefensáveis e que comprometem a legitimidade do governo Dilma Rousseff em continuar no comando do País. “O governo perdeu todas as condições morais e legais para continuar governando, principalmente dentro da conjuntura de crise econômica que estamos vivendo”, afirmou o tucano.

Reportagem da revista IstoÉ diz que, no acordo de colaboração premiada, o petista afirmou, entre outras acusações, que Dilma tentou parar a Operação Lava Jato três vezes. A publicação afirma ainda que a presidente tinha conhecimento das irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Para Tasso, a delação do petista torna “inevitável” a discussão sobre o afastamento da presidente, porque o País precisa, mais do que nunca, de um governo que tenha firmeza para reverter a recessão da economia brasileira. Ele disse que a situação de Delcídio – alvo de um pedido de cassação de mandato por obstrução às investigações da Lava Jato – “piorou bastante”. “Hoje no Conselho de Ética, infelizmente, porque ninguém gosta de ver um colega nesta situação, é insustentável”, reconheceu.

Considerado moderado pelo governo e por parlamentares aliados, o senador tucano é um dos integrantes da oposição em que o Palácio do Planalto tem apostado este ano para reverter a crise econômica. Há duas semanas, em reunião da coordenação política com líderes da base, Dilma disse que iria procurar oposicionistas para encontrar saídas para a crise e citou nominalmente Tasso. Na terça-feira, 01, o tucano se reuniu com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, para tratar sobre o projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais.

O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que, a se confirmar os termos da delação de Delcídio, o governo “acabou”. “O impeachment é inexorável, não tem por onde correr”, afirmou Agripino, em nota.

O vice-líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), ironizou a situação do governo após as notícias da colaboração do petista. “A casa, ou melhor, o Palácio do Planalto caiu”, disse. Segundo ele, as declarações são “estarrecedoras” e esquadrinham de forma didática como foi a ação do governo e do círculo mais influente do PT na tentativa de “sabotar” a Lava Jato.