Política

Parlamentares do Novo criticam fala de Amoêdo sobre obrigatoriedade da vacina

O vice-líder do partido afirmou que, apesar de Amoêdo não estar mais a frente do Novo, a sua fala não deve ser vista como a opinião do partido como um todo

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O vice-líder do partido Novo na Câmara, Marcel van Hattem (RS) criticou, nesta segunda-feira, 19, o papel exercido por João Amoêdo na sigla. “Perde-se muito tempo debatendo assuntos laterais por conta dessa percepção errada de que o João Amoêdo é líder do Novo”, publicou o parlamentar em sua conta no Twitter. A postagem faz parte de uma série de publicações de Hattem em resposta à fala do ex-presidenciável de que pessoas que decidirem não tomar vacina deveriam permanecer isoladas.

Van Hattem disse que é errado que a opinião de Amoêdo seja “usada contra o Novo inteiro”. “O dono do partido não é UMA pessoa mas seus mais de 40 mil filiados”, completou o parlamentar. Ele destacou ainda que Amoêdo não faz mais parte da presidência da sigla, cargo ocupado por Eduardo Ribeiro desde março deste ano.

Apesar de defender a vacinação, van Hattem afirmou: “se eu não estiver seguro sobre a eficácia de uma vacina contra a covid nem de seus efeitos colaterais, é meu direito não tomá-la. Ponto”. De acordo com o vice-líder, Amoêdo “entrou numa polêmica que tem, a meu ver, desviado atenção de outros problemas maiores no país”.

Outros parlamentares do Novo seguiram a mesma linha de críticas. Giuseppe Riesgo (RS) chamou de “absurdas” as sanções como a sugerida pelo ex-presidenciável, afirmando que essas medidas geram “pânico e conspiracionismo”. Já Gilson Marques (SC) chamou a obrigatoriedade da vacina de “abuso e violação do direito individual que reforça teorias conspiratórias”.

Ontem, também no Twitter, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, saiu em defesa de Amoêdo. “A opinião do @joaoamoedonovo sobre vacina pode ser discutível, mas deve ser respeitada. É preciso respeitar as opiniões contrárias, sem ofensas. Temos que valorizar a liberdade de expressão. Tolerância é o cerne do liberalismo político e do espírito da democracia”, publicou na rede social.