Política

Partidos da base iniciam guerra por cargos do 2º escalão

Partidos da base iniciam guerra por cargos do 2º escalão Partidos da base iniciam guerra por cargos do 2º escalão Partidos da base iniciam guerra por cargos do 2º escalão Partidos da base iniciam guerra por cargos do 2º escalão

Brasília – Passada a definição dos nomes dos 39 ministérios, concluída nos últimos dias, partidos aliados já iniciaram a disputa pelos cargos de segundo escalão distribuídos em autarquias, estatais e superintendências regionais que, juntos, têm capacidade de investimentos de R$ 105,7 bilhões para 2015.

O partido que deu início à guerra pelo segundo escalão e troca de controle das empresas foi o PP. A primeira fatia disputada pelos partidos está no Ministério da Integração Nacional, herdado pela legenda, e que tem forte atuação no Nordeste. Por considerar que foi “rebaixado” no rearranjo das cadeiras ao ter perdido o Ministério das Cidades para o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, o PP pleiteia agora a nomeação de todos os postos-chave dos órgãos vinculados à pasta, sem importar qual é a sigla que hoje os comanda.

O principal objeto de desejo é o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O diretor-geral Walter Gomes de Souza é apadrinhado do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

O PT também briga pelo segundo escalão, em especial integrantes da corrente majoritária Construindo Um Novo Brasil (CNB), que afirmam ter perdido espaço para a minoritária Democracia Socialista (DS) na dança de cadeiras do primeiro escalão. Os alvos são estatais, como a Eletronorte, que tem orçamento para investimentos de R$ 1 bilhão e hoje é comandada por Tito Cardoso de Oliveira Neto, ligado ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O PR, reconduzido ao Transportes, quer controlar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O PMDB, que neste ano teve sua cota ministerial aumentada de cinco para seis pastas, também já está de olho no segundo escalão. E a primeira estatal a cair no campo de visão do partido foi a Embratur, hoje sob o comando de Vicente José de Lima Neto, ligado ao PC do B. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.