Política

Partidos formam oposição 'à direita' na capital paulista

Partidos formam oposição ‘à direita’ na capital paulista Partidos formam oposição ‘à direita’ na capital paulista Partidos formam oposição ‘à direita’ na capital paulista Partidos formam oposição ‘à direita’ na capital paulista

O partido Novo e os representantes do Movimento Brasil Livre (MBL) eleitos pelo Patriota e pelo Podemos costuraram uma aliança na Câmara Municipal de São Paulo para criar um bloco único de direita. O objetivo é obter mais espaço nas comissões temáticas da Casa e uma vaga fixa na Mesa Diretora do Legislativo paulistano. A frente de direita terá oito vereadores, o mesmo número de parlamentares dos maiores partidos da Casa (PT e PSDB).

As negociações se deram em termos que garantissem ao Podemos a liberdade para permanecer governista – a legenda pleiteia cargos na administração Bruno Covas (PSDB) e fez parte da coligação de dez partidos que reelegeu o prefeito.

O Novo, que chegou a declarar apoio a Covas no segundo turno, e o Patriota, que se limitou a declarar voto contrário ao adversário do tucano (Guilherme Boulos, do PSOL), devem ficar fora da composição do governo. Em função disso, a expectativa, entre os vereadores, é a de que façam oposição à direita a Covas, que se diz de centro.

É a primeira vez que um bloco abertamente à direita é constituído na Câmara para atuar em conjunto. Com os oito assentos, o grupo deve indicar Fernando Holiday (Patriota) para ocupar a segunda secretaria da Mesa Diretora, que tem atribuição de zelar pela parte administrativa da Casa (como licitações e a administração do Palácio Anchieta, sede da Câmara).

Sem a costura, Novo (dois vereadores), Patriota (três) e Podemos (três) teriam assento garantido apenas no Colégio de Líderes, órgão que faz reunião semanal para discutir a pauta das votações. Como bloco unido, eles têm representatividade para indicar integrantes para as comissões de Constituição e Justiça e Finanças, as mais importantes, além das cinco comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que podem ser mantidas ao longo de cada ano.

A bancada deve se concentrar em tentar influenciar discussões de projetos como a revisão do Plano Diretor, programada para 2021, desestatizações e um plano plurianual. A eleição da Mesa Diretora ocorre no mesmo dia da posse, em 1º de janeiro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.