Política

Pasta sustenta que Geller não está envolvido em esquema

Pasta sustenta que Geller não está envolvido em esquema Pasta sustenta que Geller não está envolvido em esquema Pasta sustenta que Geller não está envolvido em esquema Pasta sustenta que Geller não está envolvido em esquema

Brasília – O Ministério da Agricultura sustenta que o ministro Neri Geller (PMDB-MT) não está envolvido no esquema de aquisição ilegal de terras da União, destinadas à reforma agrária. Em nota, a pasta disse que ele “lamenta a presença de familiares entre os investigados e diz não acreditar na participação dos mesmos em qualquer irregularidade.” Referindo-se aos irmãos, o ministro negou, ainda, ter “associação jurídica ou outro tipo de sociedade com os envolvidos no processo”. O advogado Edy Piccini, que representa Milton e Odair Geller, disse nesta quinta-feira à reportagem que estava viajando a Cuiabá para se inteirar das acusações. Só depois poderia falar a respeito.

Ex-deputado federal, o ministro era secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Ele ascendeu ao cargo de ministro em março, com a saída de Antônio Andrade (PMDB-MG), que deixou a pasta para concorrer a vice-governador de Minas nas eleições deste ano. Ele não deve ser mantido após a reforma ministerial para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que já está em curso. Geller soube da prisão dos dois irmãos ao retornar de uma viagem aos Emirados Árabes, onde representou o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), na inauguração de uma fábrica da BR Foods e teve reunião com autoridades locais.

A família do ministro é assentada do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no município de Nova Mutum, no oeste do Mato Grosso. Os Geller produzem soja na região. O Incra informou que vai afastar os servidores envolvidos. Em nota, disse que apoia e colabora com a investigação da PF sobre fraudes no Mato Grosso. Segundo o órgão, para identificar os verdadeiros ocupantes das áreas destinadas a reforma agrária, está sendo feita “a atualização cadastral de todos os assentamentos, com ênfase naqueles com mais de 10 anos”.

Na região em que ocorreram as fraudes, o Incra afirma que ajuizou ação judicial para retomar lotes, obtendo liminares favoráveis em 14 casos. “A fim de garantir a efetividade das medidas administrativas, necessárias ao trabalho policial e à punição dos ilícitos, o Incra Nacional designará equipe para acompanhar os trabalhos na Superintendência Regional de Mato Grosso, com o objetivo de que as iniciativas sejam plenamente aplicadas”, adiantou.