Política

Paulinho faz críticas diretas ao governo em evento "apartidário"

Paulinho faz críticas diretas ao governo em evento “apartidário” Paulinho faz críticas diretas ao governo em evento “apartidário” Paulinho faz críticas diretas ao governo em evento “apartidário” Paulinho faz críticas diretas ao governo em evento “apartidário”

São Paulo – O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Solidariedade, quebrou protocolo e foi autorizado a discursar em um evento “apartidário”, segundo os organizadores, de entidades patronais e sindicais em defesa da indústria de transformação.

Paulinho falou por cerca de cinco minutos. Não citou em nenhum momento o nome da presidente Dilma Rousseff, mas fez críticas diretas à condução econômica do governo petista. Paulinho chamou de “crime” o que estão fazendo contra a indústria e listou segmentos que perderam emprego e produção.

“Não aceitamos mais isso, desse governo que nos levou a ter a volta da inflação, a maior taxa de juros do mundo e que cismou de novo que a conta vai para os trabalhadores”, disse em referência às medidas provisórias que propõem ajustes a benefícios trabalhistas e previdenciários – o deputado já havia feito críticas semelhantes em programa eleitoral do Solidariedade.

O parlamentar também fez um aviso aos empresários e trabalhadores presentes, dizendo que a MP que propõe dobrar tributação sobre faturamento para isentar em contrapartida a folha de pagamentos da indústria, será votada no Congresso no início de maio. Paulinho está sentado ao lado do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) – que lidera o movimento “apartidário” em defesa da indústria da transformação -, Carlos Pastoriza, com quem ficou conversando ao pé do ouvido quando terminou de discursar.

Após a fala de Paulinho, integrantes da Força Sindical (que são maioria na plateia) e da CGBT, gritaram: “Se o juros não baixarem, o Brasil vai parar”. Paulinho é presidente licenciado da Força. Apesar de Paulinho não citar Dilma, foi distribuído na plateia um folheto do Solidariedade destacando a expressão “Fora, Dilma” e com os números negativos da última pesquisa CNT/MDA, como o fato de 84% dos entrevistados acreditarem que a presidente não cumpriu promessas de campanha.

“Ninguém aguenta mais, ajude o Solidariedade a derrubar o governo Dilma.” O panfleto chama para as manifestações contra o governo no próximo domingo, 12.