Política

PDT tem 'autonomia' para votar contra MP 665, diz ministro

PDT tem ‘autonomia’ para votar contra MP 665, diz ministro PDT tem ‘autonomia’ para votar contra MP 665, diz ministro PDT tem ‘autonomia’ para votar contra MP 665, diz ministro PDT tem ‘autonomia’ para votar contra MP 665, diz ministro

Rio – A bancada do PDT tomou posição que acha a mais correta na votação da Medida Provisória 665, que altera as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial, e tem “autonomia para isso”, afirmou nesta sexta-feira, 8, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Na votação encerrada na noite de quarta-feira, dia 6, todos os deputados do PDT, partido integrante da base governista desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, votaram contra a MP. A medida é apontada como essencial para o ajuste fiscal comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“A bancada tomou a posição que entendeu ser a mais correta e tem autonomia para isso”, afirmou Dias, após participar de evento comemorativo dos 70 anos do fim da Segunda Guerra, no Rio.

O ministro negou qualquer constrangimento com a decisão dos deputados do PDT. “Quando aceitamos ingressar no governo, ainda no governo Lula, o partido colocou que iria participar de um governo plural e que o PDT tem suas causas pétreas e não iria renunciá-las (sic). O presidente Lula entendeu como uma posição partidária”, completou.

Dias também relativizou a piora do mercado de trabalho, apontada pelo início da alta da taxa de desemprego. Segundo o ministro, a crise política afeta a econômica. “Quanta gente está postergando a compra de um automóvel, de um apartamento. Investimentos que deveriam ser feitos não foram. Tivemos uma crise na maior empresa empregadora e investidora do País, que é a Petrobras, mas ela está já voltando ao seu controle”, disse.

Segundo Dias, há setores querendo desestabilizar o governo com a crise política. “Nós que somos do PDT, que viemos do antigo PTB, conhecemos toda essa história. Fizeram com (o ex-presidente Getúlio) Vargas e com o presidente João Goulart a mesma coisa. Mudam os atores, mas o palco é o mesmo. Querem agora desestabilizar o governo da presidente Dilma, que foi eleita democraticamente, está aí com três, quatro anos de governo e está adequando o País a um novo momento”, comparou o ministro, apostando numa melhora da economia no segundo semestre:

“Todo ano, os primeiros meses do ano são os meses mais difíceis. A retomada chega no auge lá pelo mês de agosto”, concluiu.