Política

Permanência das forças armadas no ES será prorrogada, diz Jungmann

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ainda descartou numa coletiva a hipótese de repetição da situação de caos do Espírito Santo no Rio de Janeiro

Permanência das forças armadas no ES será prorrogada, diz Jungmann Permanência das forças armadas no ES será prorrogada, diz Jungmann Permanência das forças armadas no ES será prorrogada, diz Jungmann Permanência das forças armadas no ES será prorrogada, diz Jungmann
Exército faz segurança na BR-101, na Serra Foto: Divulgação/Ministério da Defesa

Rio – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, descartou a hipótese de repetição da situação de caos do Espírito Santo no Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, Jungmann afirmou que o prazo de permanência das Forças Armadas no Estado vizinho ao Rio será prorrogado, sem informar por quanto tempo.

“Vamos permanecer lá (no Espírito Santo) o tempo que for necessário”, garantiu. “Se as Forças Armadas não estivessem no Espírito Santo, se não tivessem derrubado arrastões, incêndios e saques, a população de lá estaria à mercê de vândalos. As Forças Armadas hoje são um ativo democrático”, afirmou, ao ser questionado se haveria comparação entre a forte atuação militar hoje em vários Estados do País e o do período da ditadura militar.

De acordo com Jungmann, Exército, Marinha e Aeronáutica são convocados a atuar quando há impossibilidade de manutenção da ordem por um Estado, atendendo ao que prevê a Constituição Federal. “As Forças Armadas estão obedecendo ao comando da Constituição democrática, nada a ver com situação anteriormente existente. Não há nenhuma relação entre uma coisa e outra”, respondeu.

O ministro destacou que vários Estados do País enfrentam problemas de segurança e uma crise do sistema prisional, que “algumas vezes transborda para as ruas”, como ocorreu em Natal (RN). Ao mesmo tempo, essa crise se articula com a crise financeira vivida por esses Estados, o que agrava a situação..

Apesar disso, o ministro da Defesa reforçou o posicionamento de que a atuação das Forças Armadas nesses casos deve ser “episódica”, já que sua missão é defender e monitorar o território nacional. “Tenho convicção de que não vamos resolver o problema da Segurança através da Defesa. A Constituição Federal determina que o emprego das Forças Armadas se dê episodicamente, por tempo limitado”, afirmou.

Reportagem do Estado revelou que a decisão do presidente Michel Temer de autorizar o emprego das Forças Armadas nos Estados está trazendo grande insatisfação e preocupação entre os militares.

No caso do Rio, há o agravante de ter sido feito de forma indiscriminada e genérica, citando a necessidade das tropas federais por causa da proximidade com o carnaval e por conta da possibilidade de contaminação da Polícia Militar do Estado, em decorrência do motim no Espírito Santo. A preocupação é com o “uso político” que está sendo feito das tropas federais.