Política

Personagens singulares de um ato político

Personagens singulares de um ato político Personagens singulares de um ato político Personagens singulares de um ato político Personagens singulares de um ato político

Presume-se que em uma convenção partidária aquele que não é político, assessor de político, aspirante a político, militante, segurança ou jornalista é da chamada “claque”. A palavra pode ser pejorativa quando associada a espectadores aliciados ou combinados para aplaudir ou vaiar, mas também não comporta o universo de pessoas envolvidas nos eventos que servem para confirmar candidaturas ou as posições oficiais dos partidos.

A convenção contém a claque (claro), o parente do político e do aspirante a político, o vizinho do político e do aspirante a político, o funcionário do político, o aspirante a funcionário de político, os figurantes, os distraídos, os espertos, os eleitores…

A reportagem acompanhou nos últimos dias os eventos do PDT, do PSDB e do PT em São Paulo. O olhar voltado não para o palanque, mas para a plateia e os corredores, revela personagens singulares.

Eles vêm de ônibus, entram na fila do lanche, querem tirar uma selfie bacana, usam o adesivo, a camiseta (que ainda vai virar pijama), o bonezinho, carregam a criança no colo, seguram bandeira, sacodem a poeira e cantam um jingle que acabaram de decorar.

A convenção tem uma carga considerável de teatralização. Todo mundo precisa parecer satisfeito, confiante e, principalmente, militante, mesmo não sendo. Mas, de perto, eles parecem cansados. É muito tempo de pé, muito tempo batendo palma, muito cartão, telefone e WhatsApp para trocar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.