Política

Pesquisa aponta que jornais impressos são veículos com maior credibilidade

Pesquisa aponta que jornais impressos são veículos com maior credibilidade Pesquisa aponta que jornais impressos são veículos com maior credibilidade Pesquisa aponta que jornais impressos são veículos com maior credibilidade Pesquisa aponta que jornais impressos são veículos com maior credibilidade

Brasília – Pesquisa brasileira de mídia, divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, aponta que os jornais impressos continuam sendo os veículos que têm mais credibilidade entre a população para se informar (58%), seguido da televisão (54%) e do rádio (52%). No caso da internet, cujo acesso diário cresceu de 26% para 37% de 2013 para 2014, é o meio de comunicação menos confiável para busca de informações, apesar de o brasileiro passar, em média, cinco horas por dia à frente do computador ou aparelhos digitais.

Ainda de acordo com a pesquisa, os aparelhos celulares estão caminhando para tomar à frente dos computadores para o acesso à internet. Na pesquisa publicada no início deste ano, com base em dados do final de 2013, 84% disseram que usavam um PC para ter acesso à internet. Este numero, agora, caiu para 71%. No entanto, subiu de 40% para 66% o uso de celular para acessar a internet.

Um dado interessante da pesquisa é que, entre os internautas, 92% ficam conectados por meio das redes sociais, sendo que o Facebook é, disparado, o mais acessado. O levantamento apontou que 83% das pessoas consultadas acessam o Face, seguido do Whatsapp, com 58% , o Youtube, com 17%, Instagram com 12% e o Google + com 8%. O Twitter, muito usado pelos formadores de opinião, foi acessado por apenas 5% dos consultados.

Os horários considerados nobres para a internet são entre 10h e 11h da manhã e entre 20h e 21h. Os usuários das novas mídias ficam conectados, em média, cinco horas por dia durante a semana e 4 horas e meia, no fim de semana. A pesquisa mostra ainda que 65% dos jovens, com até 25 anos, acessam internet todos os dias mas este número cai para 4% entre as pessoas que têm acima de 65 anos. Apesar do crescente uso da internet, 51% dos entrevistados disseram que não a acessam.

Ao apresentar os resultados da pesquisa, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, destacou a importância do Whatsapp na eleições presidenciais de outubro. E citou o interesse de vários órgãos de política dos Estados Unidos por este fenômeno que acreditam que irá se repetir nas eleições norte-americanas, em 2016.

A pesquisa foi realizada pelo Ibope, que fez cerca de 18 mil entrevistas entre 5 e 22 de novembro deste ano, em 848 municípios. Esta é a segunda edição da pesquisa. Ao falar dos dados, o ministro Thomas Traumann, disse que os dados levantamento servirão para orientar o governo na opção pelos meios de comunicação onde serão investidos os recursos de publicidade do Estado. “As pesquisas não serão o único parâmetro nosso”, justificou o ministro, ressalvando que, no entanto, estes dados balizam a destinação das verbas.

“Como grande anunciante do mercado brasileiro, essa pesquisa mostra que a internet é crescentemente o meio de comunicação mais utilizado, embora a confiança da internet ainda seja baixa e que o jornal embora tenha baixa penetração, tem uma confiança mais alta”, declarou. “Ou seja, nós temos de fazer um balanço destes dados para definir o destino dos recursos (da publicidade do governo). Não podemos usar números isolados”, emendou.

De acordo com a pesquisa, o jornal continua sendo o meio de comunicação mais confiável. No caso das notícias, 58% declararam que confiam “sempre” no que é publicado nos jornais contra 40% que dizem confiar pouco. No caso das TVs, a confiança é de 54% e de rádio, 52%.

Outro dado aponta que 84% dos leitores compram jornal em busca de informação. O dia de maior leitura, ao contrário do que se dizia, não é o domingo, mas sim a segunda-feira, preferida por 48% dos leitores, seguido de quarta-feira. O dia menos lido é o sábado: só 35% têm esse hábito. Outros 79% dos consultados afirmaram que preferem ler o jornal em papel e só 10% o fazem nas versões digitais. Piauí, Ceará e Paraná são os Estados com maior adesão às versões on line dos periódicos. Ainda hoje a preferência dos leitores é pela compra de jornais em banca, 13% têm assinatura e 20% leem o jornal de outra pessoa. “A internet para os jornais ainda é um grande desafio”, comentou Thomas Traumann.

No caso das revistas, 13% dos consultados leem revistas durante a semana, número que cresce com o aumento da escolaridade e da renda dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, 85% dos entrevistados afirmaram que não costumam ler revistas.