Política

Petista propõe que votação sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo

Petista propõe que votação sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo Petista propõe que votação sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo Petista propõe que votação sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo Petista propõe que votação sobre futuro de Cunha ocorra em um domingo

Brasília – Satisfeito com o andamento do processo que pede a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), sugeriu que a sessão plenária que decidirá o destino político do peemedebista ocorra num domingo. Na questão de ordem formulada pelo petista, ele defende que o processo contra Cunha seja analisado nos mesmos moldes da votação do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A expectativa é que o pedido de cassação do peemedebista só vá a votação em meados de julho.

“Solicito que a sessão de cassação do mandato de Eduardo Cunha seja realizada em observância ao mesmo rito estabelecido para a votação do dia 17 de abril: num domingo à tarde, em processo de chamada nominal, com a alocação de um púlpito no centro do plenário. Estou pedindo que vossas excelências, que foram tão cuidadosos, que tinham tanto interesse que o Brasil acompanhasse a sessão contra Dilma, tenham a mesma conduta”, pediu o petista.

Considerado um dos homens mais influentes da República, o presidente afastado da Câmara viu ontem seu poder dar passos largos rumo ao fim. Em uma sessão histórica do Conselho de Ética, marcada pelo voto aberto e no microfone, exatamente como impôs na aprovação do afastamento de Dilma, Cunha assistiu da residência oficial o colegiado aprovar o pedido de cassação de seu mandato. Sua chance de escapar da punição agora é se a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovar um parecer mudando o rito de votação do processo por quebra de decoro parlamentar, o que permitiria a aplicação de uma punição mais branda em caso de derrota da proposta de perda de mandato. A cassação do mandato será votada em plenário.

Após 225 dias de tramitação, idas e vindas proporcionadas por manobras regimentais de aliados do peemedebista que retardaram o andamento do processo disciplinar, o conselho aprovou por 11 votos a nove o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO). Com os votos de Tia Eron (PRB-BA) e de Wladimir Costa (SD-PA), este último defensor de Cunha até o último momento, os deputados concluíram que Cunha mentiu à CPI da Petrobras no ano passado ao negar que possuía contas no exterior. Não foi necessário o voto de desempate do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA).