Política

PF acha dois celulares com deputado Daniel Silveira na prisão

A Polícia Federal também instaurou inquérito para investigar como e quem entregou os celulares ao deputado

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Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal encontrou dois celulares na sala em que o deputado federal Daniel Silveira (PSL) está preso, devido à publicação de vídeo em ataque ao Supremo Tribunal Federal e apologia à ditadura. De acordo com a PF, um dos aparelhos foi o mesmo que havia sido apreendido durante o seu encarceramento na última terça (16). O ministro Alexandre de Moraes, que assinou o mandado de prisão do parlamentar, já foi informado sobre os celulares na prisão.

A Polícia Federal também instaurou inquérito para investigar como e quem entregou os celulares ao deputado. Ele foi preso em flagrante após publicar um vídeo no YouTube xingando ministros do STF e defendendo a adoção do AI-5, decreto sancionado na Ditadura Militar que resultou na cassação de mandatos de parlamentares contrários ao regime militar e na suspensão de direitos constitucionais.

Na última quarta (17), o advogado André Rios, que representa o deputado federal, negou que Daniel Silveira esteja com um celular e realizando postagens na internet. Sua conta no Twitter, no entanto, tem sido movimentada mesmo após sua prisão, no fim da noite de terça.

“Ele não está com celular. O celular dele está com a assessoria, eles que fazem as postagens”, afirmou Rios, que também não vê problemas em eventuais publicações soarem como eventual provocação. “A assessoria tem que seguir o posicionamento do deputado, não falar o contrário do que ele está falando.”

A fiscalização na sala, onde o deputado está preso, ocorreu por volta de meio-dia nesta quinta (18). A previsão é que Silveira seja transferido para a Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio ainda nesta quinta-feira, 18.

Nesta tarde, o parlamentar sofreu outra derrota. O juiz Airton Vieira, auxiliar de Moraes, determinou, em audiência de custódia, a manutenção do regime de reclusão do deputado. Agora o caso deve ser levado à Câmara de Deputados, que vai apreciar a continuidade ou relaxamento da detenção.