Política

PF combate desvios de verbas da educação em prefeitura do Maranhão

PF combate desvios de verbas da educação em prefeitura do Maranhão PF combate desvios de verbas da educação em prefeitura do Maranhão PF combate desvios de verbas da educação em prefeitura do Maranhão PF combate desvios de verbas da educação em prefeitura do Maranhão

São Paulo – A Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e Estadual e Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta terça-feira, 20, a Operação Attalea, para combater desvios de recursos federais oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) na prefeitura de Anajatuba, no interior do Maranhão.

Segundo a PF, o atual prefeito, Hélder Lopes Aragão (PMDB-MA), secretários municipais, servidores da prefeitura e empresários são alvo da Attalea.

“As investigações, que iniciaram em 2014, apontam que a organização criminosa desviava recursos públicos e lavava os valores oriundos do crime através da contratação direcionada de “empresas de fachada” que sequer possuíam sede física, estrutura, equipamentos ou funcionários para realizar os serviços contratados”, diz a PF em nota.

“Apesar da não execução dos serviços, tanto as fraudes aos procedimentos licitatórios, quanto o pagamento de valores, só eram possíveis mediante a corrupção de membros da Comissão Permanente de Licitação da prefeitura, de secretários municipais e até do prefeito”, continua o texto.

A PF informou que estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais, sendo oito de prisão, uma condução coercitiva, além de três medidas cautelares. O nome da operação é à palmeira “Attalea Maripa”, cujo fruto é o anajá. Anajatuba vem do nome indígena “abundância de anajás”, por ser uma planta comum na região da cidade.

A Polícia Federal investiga também eventuais fraudes no Educacenso (banco de dados do Ministério da Educação e Cultura), com a suposta utilização pela organização criminosa do cadastro do Programa Bolsa Família.

“Havia a tentativa de aumentar o número de alunos ‘matriculados’ nas escolas e, consequentemente, os repasses do FUNDEB e do FNDE ao município”, aponta nota da PF.

Os envolvidos, de acordo com a Polícia Federal, responderão pelos crimes de desvio de recurso públicos, organização criminosa, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, dentre outros crimes, na medida de sua participação.