Política

PF faz buscas na casa de ministro da Agricultura

Blairo Maggi é acusado de organização criminosa e já foi citado em delações

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Brasília – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para debater os efeitos econômicos e sociais da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para debater os efeitos econômicos e sociais da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal faz buscas nesta quinta-feira, 14, na casa do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Brasília. Investigado em inquérito perante o Supremo Tribunal Federal, por organização criminosa, Blairo foi citado na delação premiada do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB).

O pedido de busca é da Procuradoria-Geral da República.

Na delação, Silval Barbosa confessou ter intermediado repasse de R$ 4 milhões, a pedido de Blairo e do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao deputado federal Carlos Bezerra, em 2008, com o fim de comprar apoio do PMDB nas eleições municipais. À época, segundo Barbosa, o partido teria declarado apoio ao adversário do aliado de Blairo.

Na delação, Silval Barbosa confessou ter intermediado repasse de R$ 4 milhões, a pedido de Blairo e do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, ao deputado federal Carlos Bezerra, em 2008, com o fim de comprar apoio do PMDB nas eleições municipais. À época, segundo Barbosa, o partido teria declarado apoio ao adversário do aliado de Blairo.

O delator narrou que o então Secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes foi designado a conseguir os valores para pagar Bezerra e que apresentou ao chefe da pasta o operador financeiro Júnior Mendonça, que teria conseguido R$ 3,3 milhões – ‘parte em cheque, parte em dinheiro’.

Quando pediu a abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atribuiu ao ministro da Agricultura ‘a função de liderança mais proeminente na organização criminosa’ delatada por Silval Barbosa.