Política

PF usa chaveiro para entrar na casa de Delcídio em Campo Grande

A Polícia Federal deu buscas também no escritório de Delcídio, na avenida Afonso Pena, região central da cidade. O material foi levado à Superintendência de Campo Grande

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Policiais conduzem senador até a sede da PF Foto: Agência Brasil

Campo Grande – Policiais federais pediram ajuda de um chaveiro para realizar buscas na casa do senador Delcídio Amaral (PT-MS), no condomínio Bela Vista, na manhã desta quarta-feira, 25, no bairro Itanhangá Park, em Campo Grande (MS). De acordo com o porteiro do condomínio, Edilson Pregentino dos Santos, quando os agentes chegaram ao local, um condomínio fechado de alto padrão, por volta das 6 horas, não havia ninguém no interior do imóvel. Santos foi convocado para ser testemunha das buscas, autorizadas pela Justiça Federal.

Segundo ele, um delegado e três agentes, acompanhados por um promotor federal, ficaram cerca de quatro horas no imóvel e revistaram toda a casa. Alguns cofres foram abertos e em um deles havia joias que, segundo o porteiro, seriam da esposa do senador. O material foi colocado em malotes e levado para a viatura da PM. Motoristas que passavam pela rua Rodolfo José Pinho eram atraídos pela movimentação de jornalistas e paravam os carros. Alguns buzinavam e gritavam “cadeia neles”, ou “a casa caiu” e “demorou”.

Ainda segundo o porteiro, um advogado da família chegou durante as buscas e conversou com o delegado. Santos também foi interrogado informalmente pelo policial. “Eles queriam saber se vinha gente de Brasília, mas eu nunca vi. Ele recebia os políticos da cidade e o pessoal do partido, como o Zeca do PT (ex-governador de MS, atualmente deputado federal).”

De acordo com o porteiro, a movimentação foi maior durante a campanha eleitoral do ano passado, em que Delcídio concorreu a governador do Estado e acabou derrotado pelo atual governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). A PF deu buscas também no escritório de Delcídio, na avenida Afonso Pena, região central da cidade. O material foi levado à Superintendência de Campo Grande. A PF não deu informações sobre o conteúdo das apreensões.