Política

PGE descarta privatizações para pagar contas do Espírito Santo

Rodrigo Rabello Vieira descartou qualquer medida de privatização por parte do Governo do Estado para manter o equilíbrio fiscal do Espírito Santo

PGE descarta privatizações para pagar contas do Espírito Santo PGE descarta privatizações para pagar contas do Espírito Santo PGE descarta privatizações para pagar contas do Espírito Santo PGE descarta privatizações para pagar contas do Espírito Santo
PGE negou possibilidade de venda da Cesan e de outras empresas públicas Foto: Divulgação/Governo

Após serem ventiladas informações na imprensa nacional de que a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) estaria na lista de empresas que poderiam ser privatizadas, o procurador-geral do Estado, Rodrigo Rabello Vieira, descartou qualquer medida de privatização para manter o equilíbrio fiscal.

Segundo Rabello, o motivo de abertura do capital da companhia, aprovada em dezembro do ano passado pela Assembleia Legislativa (Ales), é alavancar financeiramente a Cesan para que ela cumpre seus objetivos sociais.

“A alavancagem financeira é para que a população seja melhor atendida, com a captação e tratamento de água e esgoto, e para que o meio ambiente seja melhor preservado”, justificou.

Ainda segundo ele, essa é uma maneira de multiplicar os investimentos no Estado e aumentar a velocidade da regeneração da economia, já que a partir da alavancagem dos recursos, a Cesan passa a contribuir com a retomada das obras e consequentemente com a geração de novos postos de trabalho.

O PGE afirmou acreditar que a informação de venda da Cesan surgiu por uma interpretação falha de diferentes contextos econômicos. “Pegaram as empresas de saneamento e energia dos Estados e fizeram essa lista. Provavelmente devem ter conectado com a situação da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), irmã gêmea da Cesan no Rio de Janeiro, que é objeto de negociação com o governo federal”, disse.

Rodrigo Rabello Vieira usou como justificativa o fato de o Espírito Santo estar em uma situação financeira de equilíbrio fiscal, em que garante o pagamento de servidores e fornecedores, diferentemente do Rio de Janeiro, que se encontra em estado de calamidade pública por conta do desequilíbrio exacerbado das contas.

Fusão de agências e extinção de autarquias

Nesta segunda-feira (27), em coletiva realizada no fim da tarde no palácio da Fonte Grande, Centro de Vitória, o Governo do Estado anunciou a extinção de 32 cargos comissionados.

O corte se dará em virtude da extinção da Superintendência de Projetos Industriais (Suppin) e do Instituto de Desenvolvimento Urbano (Idurb), ao mesmo tempo em que serão fundidas as estruturas da Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo (Arsi) com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo (Aspe).

A expectativa é que as medidas, que dependem da sanção da Ales, gerem uma economia na ordem de R$ 2,9 milhões anuais.