Política

PGR defende volta de Ibaneis ao governo do DF

PGR defende volta de Ibaneis ao governo do DF PGR defende volta de Ibaneis ao governo do DF PGR defende volta de Ibaneis ao governo do DF PGR defende volta de Ibaneis ao governo do DF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu nesta sexta-feira, 10, a volta do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao cargo. Ele foi afastado temporariamente das funções na investigação sobre os atos golpistas do dia de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. O afastamento foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, em princípio, vai até 9 de abril.

A PGR afirma que não há indícios de que o retorno de Ibaneis ao governo vá prejudicar o andamento do inquérito, a colheita de provas, a ordem pública ou a aplicação da lei penal. Esses foram os requisitados para o afastamento.

“Atualmente não estão preenchidos os requisitos da medida cautelar de afastamento da função pública, sem embargo da futura análise a respeito da existência ou não de provas para a responsabilização penal, quando terminada a colheita dos elementos de convicção para formação da opinio delicti”, diz um trecho da manifestação.

O parecer é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que comanda o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado na PGR para coordenar as investigações sobre os protestos golpistas.

Ibaneis já prestou depoimento no inquérito em que a Polícia Federal investiga se houve omissão ou conivência de autoridades que estariam a par do risco de ações violentas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele declarou que os órgãos de segurança do Distrito Federal estavam cientes da manifestação prevista para o dia 8 de janeiro e prepararam um protocolo integrado de ações, que na avaliação dele foi ‘sabotado’.

O afastamento do governador foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes e confirmado em uma sessão extraordinária convocada no plenário do STF durante o recesso do Judiciário. Apenas os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques foram contra a medida.