Política

Pimentel defende fortalecimento de órgãos de agricultura

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Belo Horizonte – O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, Fernando Pimentel, defendeu o fortalecimento dos órgãos ligados à agricultura do Estado, como a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Queremos ligá-las (Epamig, Emater e IMA) às 11 universidades federais e também à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Para tanto, temos também que direcionar melhor os recursos da Fapemig”, disse, em encontro promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). Ele estava acompanhado de Antonio Andrade (PMDB), ex-ministro da Agricultura e candidato a vice em sua chapa.

Pimentel pretende desonerar os municípios dos gastos com os escritórios da Emater. “O Estado hoje não banca os gastos de um escritório do órgão, fica a cargo dos municípios. E a Emater hoje só faz apenas projetos para o produtor tirar dinheiro do Banco do Brasil. Temos que rever isso”, completou. Para o IMA, Pimentel pretende investir em mais equipamentos e quer passar aos escritórios regionais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) a autonomia de liberar licenciamentos ambientais, para desburocratizar esses processos.

O candidato do PT se comprometeu a facilitar o uso dos créditos tributários pelo produtor. “Quero criar o cartão de crédito tributário. Acho que é possível, não sei em qual dimensão. Para que não haja a burocracia na liberação e utilização dos créditos tributários”, declarou. Sobre as terras ocupadas, o candidato quer criar um grupo de trabalho com os representantes da Faemg, judiciário e entidades líderes desses movimentos para chegar a uma conclusão combinada. “Essa é uma questão grave no Estado e tem que ser feito de uma forma pactuada. Se fosse só para cumprir um mandato, não vamos conseguir, porque é difícil mesmo. É possível pactuar com esses movimentos, instrumentos nós temos”, ressaltou.

O petista ainda comentou que as principais reclamações que tem ouvido dos produtores rurais com relação à energia são a péssima qualidade do serviço e o custo alto na comparação com os outros Estados. Ele se comprometeu a estudar as duas questões, principalmente na solução de uma política tarifária menos onerosa para o produtor rural.

Sobre a indenização aos produtores que tiveram suas propriedades cedidas para unidades de conservação (cerca de 400 mil hectares) no processo de regularização fundiária no Estado, Pimentel seguiu a linha do candidato do PSB, Tarcísio Delgado (PSB), que participou do encontro antes dele. “Na verdade, precisamos analisar. Porque eu não sei o montante, precisamos ver o que dá para se negociado. O Judiciário tem que estar junto nas negociações”, disse.

No geral, o candidato do PT ressaltou que quer fazer um governo participativo e regional, bandeiras que vem constantemente defendendo em seus atos de campanha. “Queremos fazer uma agricultura mineira moderna, usando o apoio do governo federal. O governo do Estado hoje finge que os problemas não existem e não conversa com a população. Temos muito a fazer. Os setores precisam apontar as prioridades, por isso é importante a regionalização do governo”, declarou.

Padrinhos políticos

Nesta quarta-feira, 3, a presidente Dilma Rousseff estará em Belo Horizonte para participar de cerimônia na Olimpíada do Conhecimento, iniciativa do Sistema Fiemg. Questionado se a presença de padrinhos políticos na campanha ajuda no pleito estadual (Aécio Neves estará na capital mineira na quinta-feira, 4, e Marina Silva na semana que vem no Estado, ainda sem data definida), Pimentel comentou que ressalta a importância do Estado no âmbito nacional. “Eles estão vindo para Minas também para fazer campanhas para eles. Vamos estar sempre com Dilma, mas o voto do mineiro para governador independe deles, já que o mineiro tem consciência política”, falou.

O outro lado

Sobre as críticas feitas pelo candidato Fernando Pimentel, o Governo do Estado de Minas Gerais disse que não é verdade que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) só faz projetos ‘para o produtor tirar dinheiro do Banco do Brasil’.  Segundo a assessoria, o serviço de assistência técnica e extensão rural é assegurado, por lei, como público e gratuito, sendo de responsabilidade da União, dos Estados e dos municípios.

“Em Minas Gerais, esse serviço é executado pelo Governo do Estado em parceria com os municípios, por meio de convênios. O custo da operacionalização é de responsabilidade do Governo do Estado.  A Emater-MG, que neste ano completa 66 anos, foi a primeira empresa de assistência técnica e extensão rural do País e até hoje continua como referência nos demais Estados, sendo detentora de reconhecimento público. Foi reconhecida por três vezes como a melhor Empresa do Brasil em Desenvolvimento Agropecuário, segundo ranking da Revista Globo Rural; reconhecida pelos parceiros e produtores rurais;  e vencedora de várias edições do Prêmio Furnas Ouro Azul, premiação do jornal Estado de Minas na área de meio ambiente”.