A morte do candidato a presidência da República, Eduardo Campos, em um acidente com o jato particular, no final da manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo, repercutiu no cenário político capixaba. Vários personagens da política capixaba conversaram com a Rede Vitória e comunicaram pesar com a morte do presidenciável.
O porta-voz da Rede Sustentabilidade no ES, Gustavo De Biase, lamentou a morte do candidato à Presidência da República. Muito triste, Gustavo disse que foi “tomado de grande surpresa e que o momento é para lamentar esta grande perda”.
O deputado federal Paulo Foletto (PSB) afirmou que foi uma grande perda para a política. “Agora vamos dar apoio à família de Campos. Um jovem com cinco filhos, nesse momento de luto, o Brasil perde um político de futuro. O sofrimento partidário é imenso”, disse.
O ex-prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga, destacou o futuro de Campos na política. O Eduardo e a Marina eram uma grande dupla, tinham grande compromisso com a nação. O Nordeste do país está chorando, o Brasil está chorando”.
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), lamentou a morte de Campos, e preferiu não comentar possíveis mudanças no cenário político. “Nesse momento eu estou absolutamente chocado e triste com a morte de Eduardo Campos. Dentro do PPS, nos últimos meses, e todos acompanharam, fui uma das pessoas que mais defendeu a coligação com Eduardo, justamente por entender que era um líder jovem, bom gestor. Acredito que era a possibilidade de renovação na política brasileira”, disse.
O senador Ricardo Ferraço (PMDB), que coordena a campanha do candidato Aécio Neves (PSDB) no Estado, também utilizou as redes sociais para lamentar a morte de Campos. Ferraço demonstrou surpresa e perplexidade. “Em estado de choque com a notícia do falecimento de Eduardo Campos. É uma tragédia que deixa o Brasil todo triste com a perda de um grande homem público”, disse Ferraço.
A deputada federal Iriny Lopes (PT), manifestou o pesar pelas redes sociais. “Muito triste que uma fatalidade tenha levado um político jovem, com uma linda família e uma longa trajetória pela frente. Nosso sincero pesar por essa morte tão precoce nesse dia em que, por uma ironia do destino, marca também a passagem de seu avô, Miguel Arraes”, disse na página oficial da deputada no Facebook.
A senadora Ana Rita (PT) deixou uma mensagem de solidariedade para a família e amigos de Campos. “Consternada com a morte do presidenciável Eduardo Campos e assessores. Minha solidariedade aos familiares, amigos, companheiras e companheiros do PSB”, comentou na internet.
O vereador de Vitória, Luis Emanuel (PSDB) se disse consternado com a notícia da morte do presidenciável. “Consternado com o acidente que matou Eduardo Campos. Uma tragédia que deixará profundas marcas na história republicana brasileira e que, infelizmente, balizará o futuro da nossa combalida democracia”, comentou.
O candidato a vice-governador, Cesar Colnago (PSDB), também comentou o fato: “Notícia triste para a Democracia Brasileira”.
O deputado estadual Cláudio Vereza (PT), também se manifestou na internet. “Solidariedade é a palavra nesta hora! Campanha suspensa em todo o Brasil por pelo menos 3 dias”, escreveu.
Outra deputada estadual que se manifestou pelas redes sociais foi Lúcia Dornellas (PT). A deputada disse que não tem palavras para expressar o pesar. Não tenho palavras pra expressar esse momento de tristeza com a morte do Eduardo Campos. Meu abraço a toda a família e a todos os militantes amigos do PSB”, contou.
A deputada estadual Luzia Toledo (PMDB), divulgou nota à imprensa com o comunicado de solidariedade sobre a morte de Campos.”O Brasil perdeu hoje um grande homem público, e eu um grande amigo. Hoje uma família sofre, uma nação se compadece e eu, que tive o privilégio de conhecer Eduardo Campos, me recolho em oração”, disse.
Cientista político do ES: “Tudo será reformulado”
Em entrevista para o programa Fala Espírito Santo, da TV Vitória/Record, o cientista político Fernando Pignaton comentou sobre o futuro da disputa presidencial.
Pignaton comentou sobre os próximos passos da campanha. “Agora se deve pensar estrategicamente porque a disputa presidencial é como se começasse do zero. O cenário muda completamente. É como se tivéssemos antecipado o segundo turno. Agora tudo precisará ser reformulado com a chegada dos debates e na propaganda eleitoral na TV”, concluiu.
Na entrevista, o jornalista Alex Cavancanti ressaltou a necessidade do partido saber lidar com momentos como este. “É o que se espera de qualquer instituição saber lidar com momentos de crise como este. Qualquer um que defenda os interesses da nação precisa saber lidar com situações de crise”, disse.
O acidente
O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, morreu em um acidente de avião em Santos, na manhã desta quarta-feira (13). A confirmação inicial foi do deputado federal Walter Feldman (PSB-SP). Posteriormente,órgãos oficiais se manifestaram com a mesma informação. Assessores técnicos de campanha também estavam na aeronave e ninguém sobreviveu.
O deputado Júlio Delgado, presidente do diretório do PSB em Minas Gerais, confirmou pouco que não há sobreviventes na aeronave. No total, sete pessoas morreram, sendo cinco passageiros e dois tripulantes.
Aeronave estava irregular
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave que transportava Eduardo Camposestava em situação regular. De acordo com o órgão regulador, o jato Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, pertencia à Cessna Finance Corporation e estava com toda a documentação em dia.
Repercussão internacional
A notícia da morte trágica do candidato à Presidência do Brasil, Eduardo Campos, é destaque na imprensa norte-americana nesta quarta-feira (13), no noticiário das redes de televisão e na internet. “Morre proeminente figura política do Brasil e candidato à Presidência”, destacou a CNN em sua página para os Estados Unidos.
O jornal The Wall Street Journal também destacou a notícia em sua página na internet, citando que o mau tempo provocou a queda da aeronave e que a candidata à vice de Campos, Marina Silva, não estava no avião.
Vítimas fatais
Além do candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, também morreram no acidente aéreo em Santos: Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato; Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra, cinegrafista, e Alexandre Gomes e Silva, fotógrafo. Os pilotos da aeronave Geraldo da Cunha e Marcos Martins também faleceram.