Política

Pompeo fala em ação militar 'possível', mas Pentágono nega plano

Horas depois da declaração do secretário de Estado, o Pentágono negou que haja qualquer ordem de preparação militar para a Venezuela

Pompeo fala em ação militar ‘possível’, mas Pentágono nega plano Pompeo fala em ação militar ‘possível’, mas Pentágono nega plano Pompeo fala em ação militar ‘possível’, mas Pentágono nega plano Pompeo fala em ação militar ‘possível’, mas Pentágono nega plano
Foto: Divulgação

A cúpula do governo de Donald Trump manteve nesta quarta-feira, 1º, a pressão sobre o regime chavista e seu apoio à estratégia adotada pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, para derrubar Nicolás Maduro.

 Nesta quarta, o chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que o governo está preparado para uma ação militar na Venezuela se necessário. A declaração vai um passo além do que vinha sendo dito pelos americanos até agora.

Horas depois da declaração do secretário de Estado, o Pentágono negou que haja qualquer ordem de preparação militar para a Venezuela. “É claro que sempre analisamos opções disponíveis (…) Mas, nesse caso, não recebemos esse tipo de ordem que vocês estão discutindo, não”, disse a deputados a secretária-assistente adjunta de Defesa para Segurança Internacional, Kathryn Wheelbarger.

Antes da fala de Pompeo, o alto escalão de Trump preferia adotar publicamente a ameaça velada de uma ação militar por meio da repetição da frase: “todas as opções estão na mesa”. “Ação militar é possível. Se for necessário, isso é o que os EUA farão”, afirmou Pompeo à TV Fox Business.

Nos bastidores, os assessores da Casa Branca consideram improvável que Washington use de força na região sem respaldo dos vizinhos. Brasil e Colômbia já se manifestaram publicamente contra qualquer ação militar, alinhados com o Grupo de Lima. Os americanos consideram que o apoio regional é crucial para qualquer ato de força no local e, por isso, têm apostado no uso de sanções econômicas para pressionar Maduro. Além de indicarem a possibilidade de uma anistia e alívio de sanções para quem apoiar Guaidó, Trump também tenta causar fraturas no governo Maduro, ao dizer que o entorno do venezuelano ensaia apoio a Guaidó. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.