Política

Ponto polêmico de projeto sobre repatriação faz PPS pedir retirada de urgência

Ponto polêmico de projeto sobre repatriação faz PPS pedir retirada de urgência Ponto polêmico de projeto sobre repatriação faz PPS pedir retirada de urgência Ponto polêmico de projeto sobre repatriação faz PPS pedir retirada de urgência Ponto polêmico de projeto sobre repatriação faz PPS pedir retirada de urgência

Brasília – A bancada do PPS anunciou que vai trabalhar para impedir a votação nesta quarta-feira, 28, do projeto de lei que cria o regime especial de tributação para repatriação e regularização de ativos de brasileiros mantidos no exterior. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), quer que o Executivo retire a urgência constitucional para a votação do PL 2960/2015.

A oposição chama de “absurdos” dois parágrafos do artigo quinto do texto aprovado na Comissão Especial. Pelo projeto inicial, a regularização de recursos remetidos ao exterior geraria anistia para os crimes de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, desde que não houvesse decisão final da Justiça contra o declarante.

A Comissão Especial incluiu mais seis crimes na lista de anistia: contabilidade paralela (caixa dois), descaminho (deixar de recolher imposto por produto importado), uso de documento falso, associação criminosa, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade a terceiro para operação de câmbio.

O PPS informou que, se a matéria for ao plenário nesta quarta, vai apresentar um destaque para votação em separado do primeiro e do segundo parágrafos do artigo quinto do substitutivo aprovado pela comissão.

Para o Bueno, trata-se de uma proposta que concede anistia para pessoas que cometeram crimes contra a ordem financeira. “Se a urgência não for retirada, vamos trabalhar para impedir a votação ou mesmo modificar esse projeto eivado de vícios, que atenta contra o Poder Judiciário e que pretende legalizar dinheiro fruto de crime em pleno andamento da operação Lava Jato, que tem como alvo o PT e partidos aliados”, afirmou o líder do PPS por nota.

O texto aprovado na Comissão Especial foi relatado pelo peemedebista Manoel Júnior (PB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Investigado na Operação Lava Jato, Cunha é acusado de ter contas não declaradas na Suíça.