Política

Por causa do coronavírus, dirigentes petistas defendem adiamento de prévias em SP

Alguns desses eventos chegaram a reunir mais de 500 pessoas em ambientes fechados, no entanto, por enquanto as prévias, marcadas para o dia 22, estão mantidas

Por causa do coronavírus, dirigentes petistas defendem adiamento de prévias em SP Por causa do coronavírus, dirigentes petistas defendem adiamento de prévias em SP Por causa do coronavírus, dirigentes petistas defendem adiamento de prévias em SP Por causa do coronavírus, dirigentes petistas defendem adiamento de prévias em SP
Foto: Divulgação

Dirigentes petistas defendem o adiamento das prévias que vão escolher o candidato do partido na disputa pela Prefeitura de São Paulo por causa do risco de contaminação pelo coronavírus.

O assunto já foi levado por algumas lideranças petistas da capital, como o vereador Reis, até o presidente do diretório municipal da legenda, Laércio Ribeiro.

Ribeiro vai conversar com o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro para ter uma opinião técnica sobre o risco de contaminação – outro ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está entre os postulantes à vaga.

Segundo o dirigente petista, existe a possibilidade de que os últimos debates entre os pré-candidatos marcados para este fim de semana sejam cancelados em função da doença. Alguns desses eventos chegaram a reunir mais de 500 pessoas em ambientes fechados. Ribeiro, no entanto, afirmou que por enquanto as prévias, marcadas para o dia 22, estão mantidas.

Aliados de Jilmar Tatto, franco favorito na disputa interna do partido, apontam outro risco para petistas pedirem o adiamento, o de o ex-secretário municipal de Transportes vencer as prévias ainda no primeiro turno.

Adversários de Tatto em São Paulo e integrantes da direção nacional do partido avaliam que a confirmação da candidatura do ex-secretário pode colocar o PT em posição de isolamento na capital e levar a sigla a uma derrota histórica na cidade mais importante do Brasil.

Para seus adversários, Tatto, que ao lado dos irmãos Arcelino, Enio e Nilto domina o PT na zona sul – batizada de “tattolândia” -, tem maioria absoluta no diretório municipal de São Paulo, mas carece de densidade eleitoral.

Na eleição para senador em 2018 ele ficou em sétimo lugar, com apenas 6% dos votos. Petistas temem que, com Tatto, o partido perca a hegemonia da esquerda na capital e fique atrás da chapa do PSOL, que deve ser formada por Guilherme Boulos e Luiza Erundina. O ex-secretário, no entanto, tem apoio dos presidentes estadual e nacional do PT, Luiz Marinho e Gleisi Hoffmann, respectivamente.

Setores do partido contrários à candidatura de Tatto querem ganhar tempo para construir uma alternativa que tenha mais viabilidade eleitoral.