Política

Por falta de quórum, comissão adia de novo votação de pacote anticorrupção

Por falta de quórum, comissão adia de novo votação de pacote anticorrupção Por falta de quórum, comissão adia de novo votação de pacote anticorrupção Por falta de quórum, comissão adia de novo votação de pacote anticorrupção Por falta de quórum, comissão adia de novo votação de pacote anticorrupção

Brasília – Alegando falta de quórum, o presidente da comissão da Câmara que analisa o projeto de lei com medidas contra a corrupção, Joaquim Passarinho (PSD-PA), cancelou a reunião que discutiria o relatório final do pacote proposto pelo Ministério Público Federal. Uma nova tentativa para votar o parecer foi agendada para a próxima terça-feira, 22.

A decisão foi anunciada por volta das 10h30, quando faltava apenas um deputado para completar o número necessário para dar início à reunião. Quinze dos 30 titulares do colegiado haviam marcado presença. “A maioria da comissão está mostrando que não quer discutir esse assunto hoje”, disse Passarinho.

Mais cedo, o presidente já havia afirmado que não tinha pressa para pôr em votação o relatório e que a discussão poderia ficar para a próxima semana. Segundo ele, depois do trabalho que o colegiado teve, não poderia haver risco de o relatório ser reprovado.

Marcada inicialmente para essa quarta-feira, a votação foi adiada para esta quinta após pressão de deputados de diversos partidos para que o relator, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), fizesse alterações em seu texto.

Além de tentar articular uma maneira de anistiar a prática do caixa 2, líderes partidários trabalharam para que Lorenzoni volte atrás e mantenha no relatório final a proposta de endurecer as regras de punição a juízes, procuradores e promotores que cometerem crimes.

Ao chegar nesta quinta-feira à comissão, o relator do pacote afirmou que, por enquanto, a previsão do crime de responsabilidade continua fora de seu parecer. Ele, no entanto, admitiu que está negociando com líderes partidários e com o MP uma nova redação sobre o assunto. Lorenzoni disse ter “esperança” de construir um texto em que o “interesse público esteja acima de qualquer outro interesse”.