Por pouco, Michelle Bolsonaro não pede votos para Casagrande Por pouco, Michelle Bolsonaro não pede votos para Casagrande Por pouco, Michelle Bolsonaro não pede votos para Casagrande Por pouco, Michelle Bolsonaro não pede votos para Casagrande
Crédito Thiago Soares
Crédito Thiago Soares

A primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, esteve no Estado na manhã desta sexta-feira (21) com a caravana “Mulheres com Bolsonaro” para um evento com as capixabas visando o eleitorado feminino e também os indecisos. Ao final do evento ela errou o número do candidato ao governo Carlos Manato e por pouco não pede votos para o candidato adversário, Renato Casagrande.

Num discurso em tom religioso e de “guerra espiritual”, Michelle pediu para que as mulheres sejam multiplicadoras de votos. “Nossa intenção aqui é que vocês saiam desse evento sendo multiplicadoras de votos, porque precisamos dessa virada, precisamos continuar”. E durante todo o tempo se referiu ao Partido dos Trabalhadores como “Partido das Trevas”.

Ela também disse que a liberdade religiosa está sendo comprometida pelo comunismo. “Esse governo tem lutado pela família, pela pátria, pela liberdade de expressão e pela nossa liberdade religiosa – que está sendo sim comprometida pelo comunismo. Temos visto o que está acontecendo e está muito fácil escolher um lado, só não vê quem não quer ver, só não enxerga quem está cego espiritualmente. E esse é o nosso propósito como cristãos, de nos reunirmos, orarmos, interceder, de conversar, de orientar quem não está entendendo a guerra espiritual que nós estamos passando no Brasil”.

Foi montado um palco com autoridades e o senador eleito Magno Malta e o candidato ao governo Carlos Manato estavam presentes. No final do seu discurso, que durou 11 minutos, a primeira-dama chamou a deputada federal Soraya Manato (PTB).

“Talvez, Deus permitiu você não voltar à Câmara para ser uma maravilhosa primeira-dama do Espírito Santo. Esteja ao lado do seu marido, porque ele vai precisar (…) e no dia 30 é 22 lá e 44 aqui. Vem cá, Manato”, chamou Michelle.

A plateia ficou, num primeiro momento, em silêncio e depois começou a gritar que era 22. Manato é do PL, mesmo partido de Bolsonaro. Já Casagrande é do PSB e seu número é 40. O número 44 é, na verdade, o número de urna do partido União Brasil, que não teve candidato ao governo, mas seu presidente, o deputado federal Felipe Rigoni, declarou apoio a Casagrande.

Aliás, partiu do vídeo do Rigoni a maior ofensiva contra Manato na eleição. Foi o deputado quem trouxe para o debate eleitoral o tema do crime organizado e a filiação de Manato na Scuderie Le Cocq.

Após ser avisada, a primeira-dama corrigiu a gafe e falou o número correto de Manato. O candidato estava acompanhado de Guerino Zanon e Aridelmo Teixeira, ex-candidatos que declararam apoio a ele, mas só Manato e Magno Malta subiram ao palco. A filha de Magno Malta, Karla Malta, foi a mestre de cerimônia.

Durante o evento, teve coro de “Fora Casagrande” e “Lula ladrão”. A ex-ministra e senadora eleita Damares Alves também discursou no evento (veja aqui).

Fabiana Tostes

Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.

Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.