Política

Prefeito de Vargem Alta usa rede social para se defender após ser afastado do cargo

A operação Canudal foi deflagrada na manhã desta quarta-feira pelo Ministério Público do Espírito Santo e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)

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A Operação Canudal investiga possível fraude em licitação e crime de corrupção Foto: Divulgação

O prefeito afastado de Vargem Alta, João Bosco Dias, o Bosquinho (PSB), usou o Facebook na tarde desta quarta-feira (30), para divulgar uma nota em que confirma o recebimento da intimação de afastamento do cargo. Na mesma nota ele afirma que está sereno em relação às investigações da Operação Canudal, que investiga possível fraude em licitações e crime de corrupção.

A Operação Canudal foi deflagrada na manhã desta quarta-feira pelo  Ministério Público do Espírito Santo e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Com a operação foram pedidos judicialmente o afastamento do prefeito de Vargem Alta, do presidente da Câmara de Vereadores, Luciano Quintino (Sdd), o secretário de Obras, Indon Solles Demartini, o secretário de Agricultura, Daniel Gomes de Moraes, e outros seis servidores da administração municipal.

“Com toda humildade, serenidade e consciência tranquila, lembro que estou completando praticamente 20 anos de vida pública: três mandatos como vereador, um como vice-prefeito e hoje prefeito. Todos aqueles que me conhecem de verdade, sabem que eu não enriqueci na política. Respeito a decisão proferida pelo desembargador relator do procedimento. Isto é legítimo e faz parte do estado democrático de direito. A fiscalização da Administração Pública é um dever das autoridades e um direito do povo”, frisou Bosquinho na nota publicada na rede social.

Antes de finalizar a nota, o prefeito afastado afirmou que está preparando sua defesa para suspender a decisão liminar.

“Com a mesma tranquilidade e serenidade, aguardarei a decisão da superior instância, por que tenho a consciência tranquila, que busquei sempre fazer o melhor para o nosso município”, finalizou a nota.

Empresários serão investigados

Também em nota, o MPES disse investiga a possível participação de empresários em um esquema de fraudes. Eles seriam do ramo de auto-peças, da construção civil e, principalmente do setor de pavimentação e fornecimento de maquinários. “Esses empresários utilizariam máquinas locadas pela Prefeitura de Vargem Alta para fins particulares, além de praticarem sonegação fiscal em relação aos contratos firmados junto à prefeitura”, informou o MPES.

A partir desta quinta-feira (1), o Ministério Público dará continuidade às oitivas e à análise dos documentos e materiais apreendidos.

MPES realiza diligências em outros municípios

Além de Vargem Alta, o Ministério Público fez diligências em Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e Marechal Floriano, onde foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão.