Política

Presidente da CUT chama Marina de 'engodo nacional'

Presidente da CUT chama Marina de ‘engodo nacional’ Presidente da CUT chama Marina de ‘engodo nacional’ Presidente da CUT chama Marina de ‘engodo nacional’ Presidente da CUT chama Marina de ‘engodo nacional’

São Paulo – Dirigentes sindicais que apoiam as candidaturas petistas para presidente e governo de São Paulo replicaram na noite desta quarta-feira, 3, o tom do discurso adotado nos últimos dias pela presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, com fortes críticas à candidata do PSB, Marina Silva. No discurso mais incisivo, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, chamou a ex-ministra do Meio Ambiente de “falsidade ideológica” e “um engodo nacional”.

“Marina representa a maior falsidade ideológica que eu já vi no Brasil. Marina é candidata da direita, conservadora, sentada no colo dos banqueiros, não tem proposta progressistas, esqueceu suas origens. Vir da classe operária não significa ter compromisso com a classe operária”, disse ele, durante inauguração de um comitê para sindicalistas de São Paulo em apoio ao candidato ao governo Alexandre Padilha (PT).

Ao se referir à ex-ministra, Freitas disse que “tem gente da classe operaria que se vende para o patrão”. Ele afirmou que Marina é candidata do Itaú, “um banco que demitiu 16 mil trabalhadores.” “A discussão que estão tentando fazer é tentar transformar Marina em heroína na classe trabalhadora. Eu estou aqui para dizer que Marina é mentira, engodo nacional”, disse.

O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, disse que o programa de governo do PSB propõe “acabar com as garantias trabalhistas conquistadas pela CLT”, disse ele, referindo-se à Consolidação das Leis Trabalhistas.

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, fez coro às críticas à ex-ministra. “Eu fiquei muito preocupado quando vi que uma das propostas de governo da candidata é cortar o subsídios do IPI para a indústria automobilística, que tem impacto decisivo para São Paulo”, disse ele, referindo-se ao Imposto sobre Produtos Importados.

“Como candidato a governador de São Paulo me preocupa muito a proposta”, disse. Padilha fez o comentário em resposta ao questionamento se concordava com a opinião do seu companheiro de chapa, Eduardo Suplicy. O senador e candidato à reeleição pelo PT subiu no plenário da Casa e pediu que cessassem as críticas à ex-ministra.

Marina Silva se tornou alvo preferencial do PT desde a semana passada, quando as pesquisas de intenção de votos apontaram crescimento expressivo da candidata. O levantamento do Ibope divulgado nesta quarta aponta um cenário de empate técnico entre Dilma, com 37% e Marina, com 34%.