Presidente da OAB condena ‘disputa agressiva’ entre advogados que sonham com STJ Presidente da OAB condena ‘disputa agressiva’ entre advogados que sonham com STJ Presidente da OAB condena ‘disputa agressiva’ entre advogados que sonham com STJ Presidente da OAB condena ‘disputa agressiva’ entre advogados que sonham com STJ

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, abriu a sessão do conselho federal nesta segunda-feira, 19, com uma reprimenda generalizada. O pano de fundo é a corrida pela vaga aberta com a aposentadoria do ministro Félix Fischer no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Simonetti afirmou que, pela primeira vez, a disputa ficou “agressiva” e gerou uma “exposição desnecessária e negativa” da advocacia.

“Pela primeira vez, vimos o processo de escolha se tornar uma disputa agressiva, redundando na exposição desnecessária e negativa dos próprios colegas e da instituição da advocacia, por meio de narrativas muitas vezes distorcidas. Este processo deveria, e deve, ser marcado pela fraternidade entre a advocacia e pelo fortalecimento da profissão”, criticou.

A vaga aberta no STJ é reservada à classe dos advogados. A OAB vai definir ainda hoje uma lista com seis nomes cotados para assumir o cargo. A escolha é feita em votação pelo conselho federal, após sabatinas que devem se estender pelo dia.

Os escolhidos serão submetidos ao crivo do STJ, que vai reduzir a lista pela metade, e depois ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem a palavra final sobre a indicação. A última etapa é a aprovação no Senado.

Simonetti defendeu ainda que quem vier a assumir como ministro no STJ não “abandone” a classe.

“Jamais troquem a beca pela toga. Jamais traiam a advocacia. Jamais abandonem os bancos que lhe levaram até a ocupação de referido cargo. Essa vaga pertence a 1,3 milhão de advogados”, disse.

Há 31 advogados inscritos na disputa. Alguns têm padrinhos políticos importantes, como Luís Cláudio Chaves, que foi assessor jurídico do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e Flávio Caetano, que defendeu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no processo de impeachment.