Política

Presidente do STJ coloca deputado Chiquinho da Mangueira em prisão domiciliar

Presidente do STJ coloca deputado Chiquinho da Mangueira em prisão domiciliar Presidente do STJ coloca deputado Chiquinho da Mangueira em prisão domiciliar Presidente do STJ coloca deputado Chiquinho da Mangueira em prisão domiciliar Presidente do STJ coloca deputado Chiquinho da Mangueira em prisão domiciliar

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, decidiu colocar o deputado estadual Francisco Manoel de Carvalho (PSC), o Chiquinho da Mangueira, em prisão domiciliar. Em sua decisão, Noronha considerou o estado de saúde de Chiquinho da Mangueira, que preside a tradicional escola de samba do Rio.

“Da análise do laudo apresentado, constata-se que, além da perda ponderal de 8kg em 41 dias e risco de vida do paciente, há inviabilidade da manutenção da internação na Unidade de Pronto Atendimento – UPA, ante a superlotação e o risco de contágio de outras doenças”, destacou Noronha.

O parlamentar está preso desde 8 de novembro na Operação Furna da Onça sob suspeita de receber um “mensalinho” do grupo do ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Em depoimento à Polícia Federal, Chiquinho da Mangueira confirmou que recebeu dinheiro vivo de Sérgio de Castro Oliveira, o “Serjão”, apontado como operador financeiro do esquema de corrupção atribuído a Cabral. O deputado, no entanto, negou que o repasse fosse exatamente uma mesada. Ele afirmou que o dinheiro era destinado à Mangueira, com dificuldades de caixa.

Patrocínio

Depois da prisão de Chiquinho, a Uber comunicou que não vai mais apoiar os desfiles do Grupo Especial do Rio neste carnaval. “Se quisermos fazer parcerias com a iniciativa privada, é importante que o prefeito não cobre pedágio, não exija propina. É preciso ter o princípio que gere uma empresa, um lar, uma casa, que é a honestidade”, disse à época o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB).

A Mangueira desfila este ano com o enredo “História pra ninar gente grande”, em que contará o “lado B” da história do Brasil, homenageando personagens deixados de lado na narrativa oficial nacional, como o líder jangadeiro abolicionista Chico da Matilde, conhecido como Dragão do Mar.

Ele se recusou a transportar escravos para o sul do País e levou o Ceará a abolir a escravidão em 1884 – quatro antes da assinatura da lei áurea pela Princesa Isabel.