Política

Presidente receberá proposta sobre Previdência nesta semana

Presidente receberá proposta sobre Previdência nesta semana Presidente receberá proposta sobre Previdência nesta semana Presidente receberá proposta sobre Previdência nesta semana Presidente receberá proposta sobre Previdência nesta semana

Brasília – O presidente Michel Temer deve receber nesta semana a proposta de reforma da Previdência que está sendo preparada pela área técnica do governo. Se o projeto tiver o aval do presidente, poderá ser apresentado ainda durante a semana às centrais sindicais, confederações empresariais e lideranças políticas para depois ser encaminhado ao Congresso.

A data de envio do projeto de reforma ao Congresso virou polêmica dentro do governo. Integrantes da ala política defendiam o envio depois das eleições, para evitar que a proposta de estabelecer a idade mínima de 65 anos para aposentadorias prejudicasse o desempenho de candidatos governistas nas disputas eleitorais. O PSDB, no entanto, pressiona para que a proposta seja encaminhada o mais rápido possível.

Já há consenso no governo na questão da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, e de que só terá direito ao benefício quem contribuir para a Previdência por, pelo menos, 25 anos. Mas ainda não está definido como será calculado o valor do benefício para quem atender a esses dois requisitos básicos.

O benefício da aposentadoria pode ser com base num porcentual fixo do valor do salário médio do trabalhador mais um adicional que seria incorporado para cada ano de contribuição à Previdência além do tempo mínimo estipulado para contribuição.

A ideia é que esse porcentual seja definido em reunião nesta segunda-feira, com o retorno do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao trabalho depois de um período de licença médica.

Uma das alternativas em discussão é que o contribuinte trabalhe mais 20 ou 25 anos para fazer jus ao benefício. Para ganhar aposentadoria integral, a pessoa teria de contribuir por um tempo de trabalho de 45 a 50 anos.

Um integrante do núcleo político do governo defendeu que a regra trará justiça para quem contribuir mais. “Chegou a vez de definir o que atende à necessidade da reforma da Previdência, mas que também seja justo para quem contribui”, afirmou. “Haverá justiça para quem contribuir mais”, acrescentou.

Sem a reforma, a equipe econômica avalia que o crescimento dos gastos obrigatórios com o pagamento dos benefícios previdenciários vão comprimir ao longo do anos as outras despesas do governo. Isso inviabilizaria o funcionamento do teto de gastos, principal instrumento apresentado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de ajuste fiscal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.