Política

Pressão por recursos faz governadores esperarem Maia de madrugada

No Senado, governadores e parlamentares condicionam a aprovação da reforma da Previdência à distribuição dos recursos do leilão

Pressão por recursos faz governadores esperarem Maia de madrugada Pressão por recursos faz governadores esperarem Maia de madrugada Pressão por recursos faz governadores esperarem Maia de madrugada Pressão por recursos faz governadores esperarem Maia de madrugada
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A pressão para receber recursos do megaleilão do petróleo fez governadores do Norte e do Nordeste esperarem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltar de uma viagem a São Paulo para se reunirem com ele na madrugada desta terça-feira, 1.

O encontro deve ocorrer na residência oficial da Câmara. Os governadores vão pedir a Maia que a Câmara vote a proposta de emenda à Constituição (PEC) que divide os recursos da chamada cessão onerosa adotando os mesmos critérios elaborados pelo Senado.

No Senado, governadores e parlamentares condicionam a aprovação da reforma da Previdência à distribuição dos recursos do leilão. A votação do primeiro turno da proposta está marcada para esta terça, o que motivou reuniões com Maia e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), na véspera da sessão.

Em agenda na capital paulista, Maia chegaria a Brasília somente à meia-noite. Na residência oficial, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), foi o primeiro a chegar, às 22h50. Na sequência, surgiram Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN) e Waldez Góes (PDT-AP) para ficar na sala de espera aguardando o presidente da Câmara.

Pelas regras do Senado, R$ 10,95 bilhões serão repassados para Estados conforme os critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE), e outros R$ 10,95 bilhões irão para os municípios, seguindo os Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esse cálculo faz com que Norte e Nordeste sejam as regiões mais beneficiadas na distribuição. Para atender ao Rio de Janeiro, o Senado colocou na proposta um repasse extra de R$ 2,19 bilhões para o Estado. Deputados, no entanto, querem mais mudanças.

Mais cedo, o governo fechou um acordo com Alcolumbre e com governadores para que os critérios do Senado sejam válidos. Se a Câmara não mantiver a distribuição por FPE e FPM, afirmou Alcolumbre, o governo editará uma medida provisória atendendo aos senadores. Além disso, o presidente do Senado condicionou a votação de um projeto abrindo crédito extra para a União pagar à Petrobras o valor da cessão onerosa que cabe à estatal – R$ 33,6 bilhões – à votação da PEC na Câmara conforme o que o Senado deseja.

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