Política

Procurador quer fortalecer lista tríplice da categoria

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Brasília – Em maio, o procurador da República Bruno Calabrich enviou ao Conselho Superior do Ministério Público Federal um projeto que altera o sistema de formação da lista tríplice da categoria para a escolha do procurador-geral da República com o objetivo de dar maior legitimidade ao processo e garantir que a Presidência da República continue a cumprir a “tradição constitucional” de indicar o nome que recebeu maior apoio interno.

“É importante institucionalizar a lista, porque a fortalece”, diz Calabrich, que já participou do grupo de trabalho do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para condução das investigações de políticos na Operação Lava Jato.

A ideia é retirar da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) a previsão de organizar as eleições internas e formar a lista tríplice. A responsabilidade passaria a ser do Colégio Nacional de Procuradores da República. Só integrantes ativos – e não mais os aposentados – poderão votar. Se a proposta for aprovada, a eleição deixará de ser feita, portanto, por uma associação privada, e passará a ser realizada de forma institucional.

O presidente da República não é obrigado a escolher nenhum dos nomes da lista tríplice, mas, desde o governo Lula, se tornou um costume indicar o mais votado pela categoria. Ao assumir a Presidência, ainda como interino, Michel Temer se comprometeu com a escolha de um nome dentro dos selecionados pela carreira.

A disputa de 2017, porém, deve ser marcada pelo componente político. Um dos nomes de força dentro da instituição é o de Ela Wiecko, que deixou o cargo de vice de Janot após a divulgação de um vídeo em que aparece em Portugal em manifestação contra o impeachment de Dilma Rousseff. Ela tem dado sinais de que não pretende abrir mão da candidatura.

Outro nome com apoio interno é o do vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Nos bastidores, procuradores relatam apoio de Janot a Nicolao. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.