Política

Procuradora rechaça 'deslealdade processual' na ação do Museu do Trabalhador

Procuradora rechaça ‘deslealdade processual’ na ação do Museu do Trabalhador Procuradora rechaça ‘deslealdade processual’ na ação do Museu do Trabalhador Procuradora rechaça ‘deslealdade processual’ na ação do Museu do Trabalhador Procuradora rechaça ‘deslealdade processual’ na ação do Museu do Trabalhador

São Paulo – A procuradora da República Fabiana Rodrigues de Sousa Bortz rechaçou com veemência nesta terça-feira, 21, a afirmação do criminalista Roberto Podval de que teria ocorrido “deslealdade processual’ nas investigações que culminaram com a denúncia criminal da Operação Hefesta contra o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT) e mais 15 por suposto conluio para fraudar, entre 2011 e 2012, a concorrência das obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador.

Podval defende dois empresários, Eduardo dos Santos e Gilberto Vieira Esguedelhado, que, segundo a acusação, faziam parte de um segundo núcleo da organização envolvida na suposta fraude.

Na semana passada, quando a Procuradoria da República divulgou os detalhes da acusação, o advogado Roberto Podval declarou. “Fomos espontaneamente ao encontro da dra. Fábiana Bortz em 25 de outubro para que os clientes fossem ouvidos. Naquela data, muito embora a denúncia já estivesse oferecida, a procuradora omitiu tal fato, numa absoluta deslealdade processual. Lamentável e inesperada conduta de membro de tão importante instituição.”

Fabiana reagiu enfaticamente. “Desde 31 de agosto, a defesa vem pedindo a realização de um segundo depoimento dos investigados Eduardo dos Santos e Gilberto Vieira. Designada data para colheita do depoimento – 4 de outubro de 2017 -, marcada de acordo com a disponibilidade da agenda dos defensores, em 20 de setembro os investigados solicitaram o adiamento para 18 de outubro. Diante do desinteresse da defesa, no dia 3 de outubro, a acusação foi protocolada”, ressaltou a procuradora.

Segundo ela, em 25 de outubro, Ministério Público Federal e defesa “reuniram-se e trataram de fatos distintos dos já submetidos ao Judiciário, local esse adequado para a discussão de demandas já propostas”.

“Naquela oportunidade, o acesso à acusação ainda estava sob segredo de justiça, razão pela qual o Ministério Público Federal não compartilhou a informação com a defesa dos investigados”, observou a procuradora.

“O Ministério Público Federal reitera que sua atuação em defesa da sociedade é exercida em conformidade à Constituição, e que honra o compromisso com a descoberta da verdade e com o ressarcimento do patrimônio público”, assinalou Fabiana Bortz.