Política

Promotoria pede venda antecipada de 35 imóveis de réus da Operação Sevandija

Promotoria pede venda antecipada de 35 imóveis de réus da Operação Sevandija Promotoria pede venda antecipada de 35 imóveis de réus da Operação Sevandija Promotoria pede venda antecipada de 35 imóveis de réus da Operação Sevandija Promotoria pede venda antecipada de 35 imóveis de réus da Operação Sevandija

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, propôs à 4.ª Vara Criminal de Ribeirão Preto vender antecipadamente 35 imóveis dos réus da Operação Sevandija. São apartamentos, casas, fazendas, ranchos, terrenos, escritórios e salas comerciais que estão em nome dos condenados no processo da fraude dos honorários e de “laranjas”.

Os promotores do Gaeco destacam que os bens foram sequestrados e bloqueados pela Justiça para cobrir um rombo de R$ 48 milhões, “saqueados dos cofres do município de Ribeirão Preto”.

A Sevandija investiga um esquema milionário de desvio de verbas públicas na administração de Ribeirão Preto, no interior paulista, e condenou, em setembro do ano passado, a ex-prefeita Dárcy Vera (PSD) a 18 anos, nove meses e dez dias de reclusão por propina de R$ 7 milhões.

Ao pedir à Justiça a venda dos imóveis, o Gaeco alegou que “o prejuízo causado somente poderá ser revertido com a manutenção do bloqueio patrimonial e com imediata alienação dos bens apreendidos”.

“Sem tais providências, não haverá meios de controle da administração e manutenção do patrimônio por parte dos averiguados, nem medidas práticas e eficazes para evitar o perecimento e o desgaste dessas garantias”, afirmam os promotores.

“A alienação antecipada não acarretará prejuízo às partes, uma vez que, após a realização do leilão e a transferência do valor apurado para um fundo específico, o Juízo estará seguro pela prestação de caução, que vigorará até decisão final dos autos principais, levando-se em conta ainda que, em caso de improcedência da ação penal, a quantia obtida será restituída aos respectivos proprietários.”

Os imóveis confiscados estão localizados em diversas cidades. O Ministério Público afirmou que “sequer há informações acerca do estado em que se encontram, ou de como e por quem estão sendo usados”.

“A ausência de vigilância e administração os torna expostos a qualquer tipo de adversidade e dilapidação. Também não se tem controle dos encargos tributários e das taxas de condomínio, cuja inadimplência pode levar à perda total do bem”, justificou a Promotoria.

“Não havendo garantias de que os imóveis bloqueados permaneçam física e administrativamente incólumes até o trânsito em julgado, o Gaeco não vê outra forma de protegê-los senão pela venda antecipada.”