Política

PSOL quer cassação de Eduardo Bolsonaro por debochar de jornalista torturada

O pedido de cassação será feito pelo deputado Ivan Valente com a bancada do PSOL

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Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou nesta segunda-feira (4), que vai entrar, junto com a bancada do PSOL, com um pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara. 

No domingo (3), o filho do presidente Jair Bolsonaro debochou da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar. “É inadmissível a agressão à jornalista Miriam Leitão, a apologia à tortura e à violência contra mulher. Basta de impunidade”, disse Valente em sua rede social.

Eduardo Bolsonaro escreveu, em rede social, “ainda com pena da cobra”, em resposta a uma postagem de Miriam Leitão, na qual a jornalista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é um inimigo confesso da democracia.

O comentário faz alusão a uma das torturas sofridas por Miriam durante a ditadura militar. Segundo relatos da própria jornalista, ela teve de ficar nua em frente a dez soldados e três agentes de repressão e passar horas trancada em uma sala com uma jiboia. Na época, ela estava grávida de um mês. Ela ainda foi presa e torturada com tapas, chutes e golpes que abriram sua cabeça.

O deboche do filho do presidente Bolsonaro foi condenado por políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Randolfe Rodrigues (Rede), o senador Alessandro Vieira (PSDB), a deputada Natália Bonavides (PT-RN) e o presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, dentre outros.